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“Presença Naval na Amazônia”

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O Com9ºDN (Comando do 9º Distrito Naval) tem a missão de contribuir para o cumprimento das tarefas de responsabilidade da Marinha do Brasil na área fluvial e lacustre, que abrange as bacias fluviais, lagos e lagoas na área terrestre dos Estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima, que constituem a Amazônia Ocidental através do Decreto-Lei 291 de 28 de fevereiro de 1967. De acordo com o comandante do Com9ºDN, vice-almirante Luís Antônio Rodrigues Hecht, nesta vasta área de abrangência o maior desafio é fiscalizar mais de 22 mil quilômetros de rios. “Fiscalizar os rios é sempre um desafio, mas nós estamos prontos para realizar estas tarefas”, afirma. Hecht assumiu o Comando do 9º Distrito Naval no dia 20 de abril de 2016.
Com objetivo de divulgar as ações da Marinha do Brasil e do Com9ºDN no âmbito regional, nacional e internacional, o comte. Hecht reuniu a imprensa amazonense para apresentar um panorama das atividades, projetos, missões, novas ameaças, desafios diante da crise que vem assolando o país e, principalmente, ratificar a importância da ‘Presença do Poder Naval Brasileiro na Amazônia Ocidental’, que além de ser o lema do Com 9ºDN também traduz o orgulho de ser marinheiro, seja qual for o seu posto ou função.
O vice-almirante Hecht assumiu, recentemente, o Comando do 9º Distrito Naval e uma das preocupações é difundir as ações que vem sendo realizadas, bem como as dificuldades encontradas. “É uma honra muito grande receber os profissionais da imprensa local para que nós da Marinha e do Comando do 9º Distrito Naval, possamos divulgar a nossa atuação, aqui na área de jurisdição da Amazônia Ocidental”, disse.
O Com9ºDN conta, basicamente, com cinco navios de patrulha fluvial, quatro navios de assistência hospitalar, três navios de levantamento cartográfico e cinco aeronaves Esquilo Monoturbina, para realizar as ações que englobam a logística, em toda a Amazônia Ocidental. “Comandar o 9º Distrito Naval realmente é um grande desafio. Sobretudo, é um desafio logístico, pelas distâncias envolvidas. Mas nós temos procurado realizar o nosso trabalho com muita dedicação, com muito empenho nós temos meios capacitados para isso”, ratifica o comte. Hecht.
Além de realizar ações e projetos específicos, o Com9ºDN também participa de operações conjuntas/combinadas, por exemplo, as operações Ágata e Amazônia, com destaque para “Amazônia Azul” – A Última Fronteira. “Aqui eu diria que o nosso emprego é bastante balanceado. Nós estamos realmente realizando diversas ações de assistência hospitalar e também estamos com o nossos navios patrulhas fluvial, realizando ações de patrulha naval e de inspeção naval”, destaca.
Outro desafio perene é mapear uma hidrovia no Amazonas e nos demais Estados que compõe a Amazônia Ocidental, mais de 22 mil quilômetros de rios navegáveis. “Nós estamos realizando um trabalho muito importante de levantamento da hidrovia do Madeira por solicitação do Dnit. Este trabalho está na primeira fase e vai continuar pelos próximos anos”, informou o comte. Hecht. O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), principal órgão executor do Ministério dos Transportes, já solicitou um estudo de cartografia dos rios da região.
Em Manaus, uma das ações mais aguardadas é a Operação Parintins que fiscaliza as embarcações com destino a ilha Tupinambarana onde tradicionalmente é realizado o Festival Folclórico de Parintins em junho. “A Capitânia dos Portos da Amazônia Ocidental, já está se preparando há algum tempo para essa atividade e também tem realizado o planejamento para a execução da fiscalização de todas as embarcações que irão se dirigir para a Festa do Boi-Bumbá em Parintins”, informou o comte. Hecht.
Segundo o capitão dos Portos da Amazônia Ocidental, capitão de Mar e Guerra Alfred Dombrow, a Operação Parintins 2016 já iniciou com a abertura da inscrição para uma vistoria especial realizada em todas as embarcações que irão transportar passageiros com destino Manaus-Parintins. “Nós estamos com cerca de 50 embarcações já agendadas para esta vistoria. É bom enfatizar que essa vistoria é gratuita, de modo que nós fiscalizamos, basicamente, a parte documental e a estrutura da embarcação”, frisou.
Também participou do evento o diretor do Centro de Comunicação Social da Marinha do Brasil, contra-almirante Flávio Augusto Viana Rocha, que veio de Brasília/DF com a missão de aproximar, cada vez mais, o Com9ºDN e suas ações junto às comunidades ribeirinhas nos mais distantes rincões, com o apoio de toda a imprensa local. “O almirante Hecht com essa palestra, na verdade, ele coloca à disposição a sua Comunicação Social, que está pronta para receber os contatos, por exemplo, da imprensa para que possamos produzir pautas com interesse da população amazonense, a qualquer tempo e no nosso Centro (Brasília), nós dispomos também de uma estrutura de Rádio Marinha e TV Marinha, além dos nossos periódicos que podem veicular matérias que a imprensa produz e vice-versa”, salientou.
Em relação às Olimpíadas, as ações serão realizadas em conjunto com os órgãos de segurança internacionais, de inteligência, apoio à logística, com maior concentração nas cidades do Rio de Janeiro, Salvador e Manaus.
“O que interessa é que para efeito do quadro em geral de segurança as Forças Armadas estão juntas, numa coordenação já há muito tempo, muito bem planejado.
E, estamos muito otimistas em relação ao nível de segurança que vai ser provido nas Olimpíadas”, assegura o contra-almirante Rocha.

Datas históricas

A presença da Marinha do Brasil na Amazônia remonta ao ano de 1728, com a criação da Divisão Naval do Norte, sediada em Belém do Grão-Pará, de onde era exercido o controle do acesso de navios ao rio Amazonas.
Em consequência da abertura da navegação do rio Amazonas às nações amigas, em 1868, foi criada a Flotilha do Amazonas, em substituição à Divisão Naval do Norte, com o propósito de prover a proteção do litoral e das hidrovias. No ano de 1994, foi criado o Comando Naval da Amazônia Ocidental e em 3 de maio de 2005, a Marinha do Brasil ativa o Comando do 9º Distrito Naval. O mais novo Distrito Naval, comandado por um vice-almirante, passa a ser subordinado, diretamente, ao Comando de Operações Navais, no intuito de aumentar a eficácia operativa e administrativa, numa área de considerável destaque estratégico nacional. Contando na sua estrutura com oito organizações militares diretamente subordinadas -Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental, Comando da Flotilha do Amazonas, Estação Naval do Rio Negro, Batalhão de Operações Ribeirinhas, Centro de Intendência da Marinha em Manaus, Capitânia Fluvial de Tabatinga, o 3º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral e a Policlínica Naval de Manaus -o Comando do 9º Distrito Naval tem como principais tarefas a execução de Operações Ribeirinhas, utilizando-se dos seus meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais, bem como, atividades de Patrulha e de Inspeção Naval, numa malha hidroviária com mais de 22 mil km de extensão, onde trafegam cerca de 35 mil embarcações. Além disso, o Com9ºDN prossegue com o importante trabalho assistencial que a Marinha desenvolve na Amazônia, por meio das Asshop (Atividades de Assistência Hospitalar) e Aciso (Cívico Sociais), com seus navios-patrulha, de assistência hospitalar e embarcações das Capitanias Fluviais, Agências e Delegacia.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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