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Poder de compra cai 25% no bimestre

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No primeiro bimestre de 2013, a renda dos amazonenses sofreu uma redução de aproximadamente 25% no poder de compra. Quem faz a estimativa é o presidente do Corecon/AM (Conselho Regional de Economia do Amazonas), Marcos Evangelista. De acordo com Evangelista, um conjunto de fatores contribuiu para que a diminuição do poder aquisitivo da população, entre eles os reajustes nos preço do pão francês (até 15% partir de hoje), combustíveis (5%), cesta básica (15% a 18%) e a própria tipicidade do mês de janeiro.
“Janeiro é um mês em que geralmente as pessoas estão de férias e gastam muito em viagens e compras, geralmente no crediário. Além disso, muita gente ainda tem o orçamento comprometido pelas festas e presentes de fim de ano”, explicou. Ainda segundo o presidente do Corecon/AM, o primeiro mês do ano também é responsável pelos gastos com matrículas e materiais escolares, que este ano também sofreram um aumento que varia entre 10% e 15%. Como estas são despesas que podem ser previstas, Marcos Evangelista lembra que o planejamento financeiro é fundamental para evitar as dívidas de início de ano.
“O que prejudica o orçamento, na verdade, é a falta de planejamento. Os consumidores devem sempre manter o controle e nunca gastar mais do que podem para evitar que se afundem em dívidas”, recomenda.

Reajustes

Mas o que os consumidores não previram foi a onda de reajustes de preços.
A Lei Complementar nº 112/2012, aprovada no dia 21 de dezembro, pela Assembléia Legislativa do Estado, aumentou a alíquota da cesta básica, gás de cozinha e gasolina. Isso resultou na explosão dos preços da maior parte dos gêneros alimentícios.
A Sefaz justificou a revogação do benefício com o argumento de que os empresários não repassavam a medida ao consumidor final e que tinha dificuldade em fiscalizar a aplicação da lei.
Um dos produtos mais afetados foi o pão francês. A partir de hoje, um dos alimentos mais básicos na mesa dos amazonenses poderá ficar até 15% mais caro. O Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Amazonas (Sindpam) confirma que o novo valor é conseqüência do aumento de preço da farinha de trigo, gás de cozinha, combustíveis, salário mínimo e demais insumos.
Além do pão, houve uma alta de 3,95% nos preços dos produtos essenciais da cesta básica em relação ao mês anterior, segundo dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Na capital amazonense a cesta básica custou, em janeiro, R$301,73.
Ainda segundo o Dieese, comparativamente com dezembro de 2012 um trabalhador que ganha um salário mínimo em Manaus comprometeu, em janeiro -quando aumento nominal de 9,00% no valor do salário mínimo -, 48,37% de seu rendimento líquido -R$ 623,76, após o desconto de 8% referente à contribuição previdenciária – com a aquisição dos alimentos básicos.

Tendência nacional

No mês passado, o preço da cesta básica subiu em todas as 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com o levantamento divulgado no último dia 6, os maiores aumentos foram observados em Salvador (17,85%), Aracaju (13,59%), Natal (12,48%) e Brasília (11,30%) e as menores variações, em Fortaleza (2,19%), Belo Horizonte (3,06%) e Belém (3,29%).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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