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PIM entra 2011 na contramão da média nacional

Com a inflação mostrando as ‘garras’, os produtos das ‘portas de fábricas’, tradicionalmente conhecidos pelo seu barateamento, começam a sentir os primeiros impactos. De acordo com o IPP (Índice de Preços ao Produtor), novo índice mensal do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), houve uma variação de 6,21% em fevereiro e de 6,88% em janeiro nos preços das indústrias de transformação, quando comparados a seus respectivos meses de 2010.
No Amazonas, as negociações entre produtores e redes de varejo, sem influência dos impostos e fretes, foram pela contramão da média nacional. Isto porque as mercadorias geradas pelo PIM (Polo Industrial de Manaus) apresentaram cotações em queda neste início de ano. De acordo com o supervisor de divulgação de dados do IBGE-AM, Adjalma Nogueira, a situação estadual é exibida nos valores de objetos como celulares, motocicleta, relógios e televisões. “Estes produtos fazem parte da nossa planta industrial”, avaliou.
As fabricantes de outros equipamentos de transporte, onde se inclui o polo de duas rodas, tiveram seus preços reduzidos nestes dois primeiros meses de 2011, com relação ao mesmo período do ano anterior. Em janeiro houve uma retração de 1,13% na tarifa dos produtos do segmento. Já em fevereiro esta queda foi mais acentuada, ao registrar variação de 3,83%.
Nogueira comenta que os números em baixa, de uma forma geral, são bons para o mercado, porque impactam no preço para o consumidor final. Entretanto, alguns produtos são regulados pelo mercado, se não houver procura substancial, eles ‘padecem’ na sua tarifa ou vice-versa.
Exemplo disso são os artigos alimentícios, de uso contínuo e duração temporária, que tiveram uma influência de 3,33% e 2,86% na alta de janeiro e fevereiro, respectivamente. A lei da oferta e demanda favoreceu a expansão de 19,85% em janeiro e 16,90% em fevereiro.
Já os derivados do grupo de fabricantes de computadores e eletrônicos, os celulares, televisões, entre outros, com projetos industriais em constante aprovação na região amazonense, apresentaram recuo na prática de seus preços. No primeiro mês do ano, o setor obteve alteração negativa de 8,23% em confronto a igual período de 2010. Enquanto isso, em fevereiro, as cifras para venda foram 8,74% menores que as mesmas do ano passado.
O economista e conselheiro titular do Corecon/AM (Conselho Regional de Economia do Estado do Amazonas), Edson Nogueira Fernandes, salienta que há dois motivos para o posicionamento dos itens do polo, ou a queda do custo ou da demanda.

Melhor produtividade

Quando relacionado ao custo, Fernandes explica que é positivo para o Estado, pois demonstra uma melhor produtividade das indústrias. Contudo, se for questão de demanda, afeta a produção da ZFM (Zona Franca de Manaus).
Ele ressalta que devido ao momento econômico, com as limitações no crédito, é provável que a baixa demanda seja responsável pela retração destes produtos. Porém, não há motivo de alarme, já que os produtos do polo passam por efeitos sazonais que influenciam a queda, principalmente no início de ano.
Segundo informações do IBGE, os preços praticados pela indústria acumularam uma variação média de 8,04% em 2010. Das 23 atividades pesquisadas, 20 registraram aumentos de preços no ano, enquanto três registraram quedas.
As principais altas se deram em produtos alimentícios (21,24%), têxteis (19,81%) e outros químicos (15,76%). As três atividades com variações negativas foram equipamentos de informática (-5,03%), outros equipamentos de transporte (-0,75%) e veículos automotores (-0,15%).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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