Pesquisar
Close this search box.

O bom e rentável negócio das semijóias

https://www.jcam.com.br/Upload/images/Noticias/2019/2Sem/07Jul/27/3107_B1a.jpg

As semijoias são consideradas as primas pobres no mundo da joalheria, mas engana-se quem pensa que o segmento se ressente com isso. Pesquisa realizada pelo McKinsey Global Institute mostrou que no próximo ano as vendas das semijoias atingirão US$ 250 bilhões de dólares no mundo. O Brasil é um dos 15 maiores produtores de joias em ouro com 22 toneladas de peças criadas e comercializadas anualmente no país, conforme o IBGM (Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos), sendo que cerca de três mil empresas produzem semijoias e faturam R$ 600 milhões/ano, com 70% das peças sendo exportadas para Estados Unidos, Alemanha e Canadá. Até empreendedores de Manaus já estão de olho nesse mercado.

O casal Neuza e Danilo Nardi eram proprietários de uma drogaria bem sucedida em Pitinga, na Mineração Taboca, município de Manaus, até o dia em que os trabalhos foram encerrados na mineração e todos tiveram que ir embora. As grandes empresas que atuavam no local e compravam medicamentos em quantidade na drogaria de Neuza e Danilo, simplesmente foram embora e não pagaram o que deviam.

“Era 2012. Vendemos o que ainda nos restava, incluindo nossos carros, e falei para o Danilo que deveríamos investir num novo negócio. Como eu vendia semijoias, esporadicamente, e conhecia fabricantes em São Paulo, resolvi seguir por esse novo caminho”, contou.

“Fiz uma seleção dos modelos de jóias que queria e solicitei ao fabricante, em São Paulo. Investi 80 mil reais. Dava para montar 200 panos (expositores), cada um valendo R$ 2.000, com brincos, cordões, pulseiras e anéis. Nasceu, assim, a Bless Semijoias”, lembrou.

Mas, num erro de estratégia, o único vendedor, responsável por vender os 200 panos, simplesmente não conseguiu fazê-lo.

“Teve gente que não pagou, jóias que voltaram, jóias que não voltaram. Foi Um desastre”, recordou.

 

Quanto mais pesada, mais ouro

“Quase sem dinheiro, voltei novamente a São Paulo, e mandei fabricar jóias que davam para montar 110 panos. Era o que dava para fazer com o dinheiro que me restava”, falou.

“De volta a Manaus, ao invés de um vendedor, coloquei várias, mas mais uma vez não deu certo. As vendedoras eram muito devagar e eu precisava fazer o dinheiro girar”, falou.

“Foi então que eu mesma resolvi vendê-las. Coloquei os panos no carro que nos restara, do nosso filho, e fui para as ruas atrás dos compradores. A vantagem das semijoias é que são tão bonitas quanto uma jóia de ouro e diamantes, mas são confeccionadas, no caso das minhas, com latão folheado a ouro. No lugar das pedras preciosas, zircônia. Aí o preço fica bastante acessível. Tenho brincos de R$ 10, anéis de R$ 35”, revelou.

Mas nem só de preços populares vivem as semijoias. A Bless também tem anéis de R$ 350, brincos de R$ 500, pulseiras de R$ 770, e cordões de R$ 1.380.

“Quanto mais pesada, mais ouro tem, mas continua sendo semijoia e, além da zircônia, são usadas outras pedras semi-preciosas, mais valiosas”, informou.

Em dezembro do ano passado resolvemos fazer uma nova mudança na empresa. Paramos de usar o modelo de venda consignada e passamos a só vender no atacado. A pessoa compra quantas semijoias quiser, no valor mínimo de R$ 500, e pode revendê-las com um ganho de até 150%”, garantiu.

 

Amazonense de coração

Na semana passada a Bless Semijoias deu mais um passo à frente ao lançar, num evento no CDL (Clube dos Diretores Lojistas) de Manaus, seu primeiro catálogo com todos os modelos de joias selecionados por Neuza.

“A coleção possui variedades de modelos de jóias com pedrarias, brincos, colares, pulseiras, anéis, entre outras peças, que carregam o conceito de requinte e beleza. Qualidade e durabilidade são os diferenciais das joias que passam por um eficiente processo de confecção e lapidação em ouro”, explicou.  

“Muitas vezes as pessoas têm receio de trabalhar ou usar semijoias como resultado de situações que as desagradaram, como exemplo cito os maus acabamentos das peças. Nossas joias chegam a receber entre 15 a 30 camadas de ouro. Após serem confeccionadas, as peças passam por um processo de banho de ouro e são lapidadas dentro de um controle de qualidade que eu faço questão de acompanhar”, afirmou.

“Eu sou paraense, de Belém, mas sinto orgulho de dizer que, em 30 anos de Amazonas, me considero amazonense de coração, assim como a Bless Semijoias, uma empresa amazonense no ramo de jóias folheadas a ouro”, destacou.

“Bless significa benção e como tal, estamos oferecendo ao mercado novidades em joias que vão fazer a diferença em quem vai revendê-las, ou usá-las, no dia a dia. A marca chega para trazer oportunidades de empreendedorismo para novos negócios de revendas e compras a varejo. Temos um plano de negócios direcionado que vai trazer boas oportunidades para as pessoas que buscam empreender nesse ramo”, finalizou.     

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar