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Novo teste comprova segurança integral nas urnas eletrônicas

bolsonarismo

Foram muitas as pendengas envolvendo a transparência ou não nas urnas eletrônicas. O atual governo federal chegou, inclusive, a cogitar uma intervenção no resultado das eleições brasileiras. Claro, as ameaças não foram claras, mas contiveram mensagens nas entrelinhas sobre essa possiblidade.

Veio a calmaria, com a primeira fase da disputa polarizada entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na corrida eleitoral pelo Planalto. Ontem, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) voltou a reafirmar a segurança do processo eleitoral brasileiro. O ministro Alexandre de Moraes afirmou que todas as 641 urnas eletrônicas submetidas ao teste de integridade no dia do primeiro turno não apresentaram divergência de resultados. 

Os testes, que são filmados, consistem em uma espécie de votação fictícia, em que servidores do TSE depositam, ao mesmo tempo, votos iguais e já conhecidos na urna eletrônica e em outra, de lona. Em seguida, é feita uma checagem para saber se o boletim emitido pelo equipamento corresponde exatamente aos votos em papel.

Neste ano, o TSE conduziu o teste de integridade, sempre realizado no próprio dia de votação, em 641 urnas eletrônicas, que foram sorteadas ou escolhidas pelas entidades fiscalizadoras das eleições ou pelos partidos. 

“Como só poderia acontecer, [em] todas as urnas conferiram os votos dados com os votos dados em papel. Lembrando que o teste de integridade é filmado integralmente para comparar os votos em papel, que são preenchidos anteriormente, e digitados no momento do teste de integridade pelos servidores da Justiça Eleitoral”, disse Moraes durante sessão plenária no TSE. 

Segundo Moraes, o relatório com os resultados dos testes será divulgado ainda nesta quinta-feira. O presidente do TSE frisou que as urnas que foram testadas usando a biometria de eleitores reais também não apresentaram mau funcionamento. 

“Participaram 493 voluntários. Da mesma forma, não houve nenhuma divergência, 100% de aprovação do teste de integridade com biometria”, afirmou Moraes. 

O teste feito com a biometria de eleitores reais e voluntários foi realizado por sugestão das Forças Armadas, uma das entidades fiscalizadoras do processo eleitoral. 

Pelo projeto-piloto, os eleitores foram abordados pelos mesários que perguntaram se concederiam sua identificação biométrica para destravar as urnas antes que os votos fictícios fossem depositados pelos servidores da Justiça Eleitoral. 

De acordo com o TSE, não houve resistência de eleitores em colaborar com os testes, depois de receberem garantia de que o procedimento em nada influenciaria o sigilo do voto verdadeiro depositado por eles na urna eletrônica. 

Nota abre Perfil

Briga de gato e rato

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, derrubou a lei estadual que impedia a instalação dos novos medidores elétricos, permitindo à Amazonas energia dar continuidade ao sistema. Porém, ainda cabe recurso. A inovação tecnológica foi palco de grandes embates na Assembleia Legislativa do Estado, que inclusive teve uma CPI para investigar as contas da empresa, constatando cobranças abusivas e ainda várias irregularidades na condução dos serviços. É uma briga de gato e rato que não finda.

Foram várias evidências que comprometem a operacionalizado da companhia. Os municípios do interior sofrem com os constantes apagões, que também acontecem frequentemente em Manaus. Parlamentares do colegiado argumentam que a nova tecnologia não permite ao usuário verificar o consumo mensal. Algo que fere os direitos do consumidor. Instalados no alto dos postes, os aparelhos ficam inacessíveis, abrindo precedentes para todo tipo de arbitrariedades, segundo deputados estaduais e os próprios usuários. Na contraofensiva, o grupo empresarial alega que o mecanismo é essencial para acabar com os desvios de energia.

Mobilização

A própria população caiu em campo para evitar a instalação dos novos medidores. E promete retomar as ações, planejando bloquear ruas, becos e avenidas onde equipes da Amazonas Energia estiverem em serviço. Recentemente, moradores da Compensa, zona oeste da cidade, criaram um completo escudo humano, congestionando o trânsito, gerando insatisfação junto aos transeuntes, mas no final conseguiram afugentar os trabalhadores da empresa só com a pressão popular.

Jaraqui

No próximo dia 19, às 16h, estreia o programa ‘Jaraqui com Economia’ na plataforma digital do Jornal do Commercio. Um time de três economistas conhecidos da população amazonense conduzirá o streaming, tratando dos mais diversos temas econômicos, com incursões por assuntos afins, tendo um candidato específico de cada área. O grande diferencial é esmiuçar conhecimentos em uma linguagem simples, em vez do ‘economês’ que só é compreensível a poucos. Realmente, é uma boa pegada.

Alianças

O governador Wilson Lima (UB) foi o mais votado em Manaus durante o primeiro turno das eleições, segundo o TRE-AM, mas acabou indo para o segundo turno com Eduardo Braga (MDB). O senador só não perdeu por conta dos votos do interior do Estado, onde tem uma base alinhada com a maioria dos prefeitos dos municípios. Agora, a disputa está muito indefinida. Ambos candidatos têm dois trunfos na mão – prefeito David Almeida como cabo eleitoral de Lima, e Lula (PT) apoiando Braga.

Maioria

Em um eventual novo mandato no governo do Amazonas, Wilson Lima contará com uma maior bancada governista na Assembleia Legislativa, podendo aprovar projetos de interesse do Estado. A nanica oposição não terá forças suficientes para travar qualquer mensagem governamental. No entanto, não se pode vislumbrar melhores dias para Braga, a não ser que Lula saia vitorioso da disputa com Bolsonaro no segundo turno das eleições. O desfecho será no próximo dia 30. Muita ralação vem por aí.

Polarização

No plano nacional, o jogo de alianças entre Bolsonaro e Lula está muito equilibrado. FHC, Marina Silva, Serra e Simone Tebet já declaram apoio ao petista, enquanto o atual presidente é acolhido pelos governadores de São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. São locais com grande densidade eleitoral, o que (em tese) favorece a campanha do chefe do Planalto. Praticamente, todo o Nordeste fecha com o principal líder da esquerda. E o contrapeso nos cacifes está muito bem transparente.

Polarização 2

Os institutos de opinião foram infelizes nas estimativas dos números. As intenções de voto não se refletiram nas urnas eletrônicas durante o primeiro turno, corroborando para o descrédito nas pesquisas. Um outro dado chama a atenção, segundo alertam as empresas que buscam sentir o sentimento do eleitor – hoje, o eleitorado está meio confuso e só decide por um candidato na hora de votar. Compreensível. Grande parte da população brasileira está cética com a política. E só vota porque é obrigada.

Criminalizar

O cerco se fecha contra as pesquisas de intenção de votos. Ontem, o  líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), apresentou um projeto de lei que visa criminalizar institutos do segmento e seus contratantes quando os resultados de levantamentos não forem similares aos das urnas. As empresas entraram na mira de governistas após o primeiro turno das eleições – houve uma grande diferença entre os dados pesquisados e os resultados das urnas eletrônicas. Há muita manipulação.

Cortes

Universidades federais reagiram contra o corte de verbas pelo MEC. A Ufam informou que perdeu mais de R$ 5 milhões que impactará diretamente no seu orçamento. Ontem, o ministro da Educação, Victor Godoy, disse que houve apenas um reajustamento dos recursos. E atribuiu a reação a questões de ordem política. Só este ano, Bolsonaro bloqueou R$ 2,4 bilhões nas contas do Ministério da Educação. O ensino é prioridade para desenvolver um país. Mas no Brasil é diferente. Uma pena.

FRASES

“O PSB Amazonas sempre teve lado. Nosso total apoio à reeleição do governador”.

Serafim Corrêa, deputado estadual, sobre candidatura de Wilson Lima.

“O bloqueio não vai cortar gordura nem carne, vai cortar no osso”.

Ricardo Marcelo Fonseca, presidente da Andifes, comentando corte de verbas do MEC.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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