Andreia Leite
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Com o rio Negro sinalizando período de vazante, a Defesa Civil do município iniciou, nesta quinta-feira (7), a execução da retirada das pontes metalizadas construídas na área central da cidade. A operação faz parte de mais uma etapa do trabalho do órgão referente ao plano de ação de contingenciamento da Operação Cheia 2022.
O secretário-executivo da Defesa Civil, coronel Fernando Júnior, informou que a Prefeitura tem monitorado a descida das águas e que a fase agora é de recuperação e reconstrução das áreas afetadas. “Por conta das pistas não estarem inundadas estamos fazendo a retirada das pontes garantindo mais uma vez a trafegabilidade da população e do centro histórico da capital e também trabalhando o trânsito do local”.
Ele disse que a ação continua e contará com o apoio das secretarias municipais de Infraestrutura (Seminf) que deve começar a atuar nessa nova etapa, após a avaliação técnica, nos locais inundados que tiveram suas estruturas abaladas, e de Limpeza Urbana (Semulsp) que deverá fazer a manutenção da via e limpeza da área.
Apesar das pontes estarem sendo removidas a cota do rio Negro continua em nivel de alerta de severidade. Nesta quinta-feira, (7), a cota marcava 29,53 metros. “A cota de severidade para Manaus é de 28 metros. A Defesa Civil ainda vai continuar fazendo acompanhamento junto com os órgãos oficiais hidrometeorológicos da calha do rio e também a pluviometria”.
A remoção consiste nas pontes metálicas construídas nas ruas Floriano Peixoto e avenida Eduardo Ribeiro. Conforme a Defesa Civil, as demais que são de madeira, a população vai fazer a retirada. A madeira tem cunho social para que as famílias reaproveitem em algum outro acesso que elas precisem.
A Prefeitura deu início a instalação de pontes e passarelas na avenida Eduardo Ribeiro, no trecho do Relógio Municipal, no centro histórico, no último dia 14.
Plano de ação
A operação Cheia 2022, da Prefeitura de Manaus, construiu mais de 9.500 metros de pontes em 15 bairros da área urbana e ao menos 70 localidades tiveram o seu acesso garantido, é o que conta o secretário executivo da Defesa Civil, Fernando Júnior. “O CPRM (Serviço Geológico do Brasil) oficializou o início da vazante e nós agora seguimos acompanhando os bairros junto com a Semasc (Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania), dando suporte às famílias afetadas”, disse.
Mais de quatro mil famílias foram impactadas pela subida das águas, somando a zona rural, e 2.820 estão recebendo, por meio da Semasc, o ‘Auxílio Aluguel – operação Cheia 2022’, no valor de R$ 1.200, divididos em duas parcelas de R$ 600. A Defesa Civil afirma ainda que a operação entra em uma nova fase, a de recuperação das áreas atingidas.
“Além da resposta, entramos no período de recuperação das áreas afetadas, onde colocamos as mãos da prefeitura trabalhando pela população, com o início da retirada das pontes do Centro e a limpeza”, completou Fernando.
Desde o início do processo de cheia, a Prefeitura vem realizando um trabalho de avaliação das ruas do Centro de Manaus, localidade que sofre grandes impactos com os efeitos das cheias. Na tentativa de garantir a trafegabilidade das pessoas e que o comércio da região continue aberto, a Defesa Civil passou a monitorar e visitar as principais ruas da região central da cidade.
Conforme o secretário executivo da Defesa Civil do município, coronel Fernando Júnior, desde o início dos sinais da cheia, o órgão vem realizando esse monitoramento diário o que reforçou a necessidade de atuar na construção de pontes e passarelas para garantir que as pessoas não deixassem de frequentar o Centro da capital.