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Mercado de consórcios comemora desempenho no 1º semestre

Com desempenho aquém do esperado, o Sistema de Consórcios fechou o primeiro semestre de 2021 mantendo resultados positivos em comparação a igual período do ano passado. Desde o início da pandemia, o mercado tem evidenciado a sua importância ao desenvolver um comportamento de recuperação, reafirmando seu crescimento ao longo de mais de quinze meses, nas diversas regiões do país.

De acordo com a Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios), no Estado do Amazonas, houve crescimento das vendas de novas cotas de 2020 sobre 2019 acima de 30%, com aproximadamente 60 mil adesões. No primeiro semestre deste ano, a tendência de aumento permaneceu, alcançando mais 30% somente no primeiro trimestre, com quase 14 mil vendas sobre o mesmo período de 2020. 

Para Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Abac, “observa-se que o mecanismo, importante para a educação financeira, cresce cada vez mais perante ao consumidor, praticamente em todas as regiões do país. Com características exclusivas, o consórcio se adequa perfeitamente ao comportamento dos interessados, ao possibilitar um investimento econômico para aquisição de bens ou serviços desejados, inseridos em planejamentos individuais, familiares e empresariais”.

Em maio, por exemplo, o mercado registrou recorde histórico, superando a marca dos oito milhões de consorciados ativos. A adesão nos últimos seis meses de 2021 a nível nacional, aponta crescimento no mercado automotivo, imobiliário, de eletroeletrônicos e de serviços.

Esse percentual de crescimento no Amazonas registrou em maio  alta de 31%,  resultado considerado maior em todo país. Os números de contemplações chegaram a 7,6% no Estado, repercutindo entre o quinto melhor resultado se comparado à média nacional  com queda de 1,6%. 

Ao analisar os consorciados ativos dos setores onde o Sistema de Consórcios está presente, observou-se alta em todos. De 4,5%, nos veículos leves, até 41,6%, nos eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, houve ainda 10,6%, nas motocicletas; 14,4%, nos imóveis; 24,8%, nos veículos pesados; e 35,8%, nos serviços.

O representante do setor no Amazonas, Carlos Adamilton, garante que o mercado está muito favorável, não só frente ao semestre passado, mas também com melhor  desempenho. “Houve um volume muito grande em relação ao quantitativo de clientes, principalmente na adesão por consórcios de automóveis. Com o aumento nos preços de carros seminovos que já tem uma taxa de juros muito alta, os consórcios entram como alternativa. Além disso, as pessoas estão investindo nesse mercado por ser uma opção programada  e com planejamento mais acessível “.

A liberação de crédito ajudou a movimentar o mercado. De acordo com Adamilton, houve um crescimento de acesso ao crédito em torno de 5% o que fez as pessoas comprarem um bem como automóvel, moto ou imovel. “Os clientes ativos no semestre chegaram  a 10%, o que equivale a mais ou menos 395 mil novas adesões. Em relação às novas cotas houve alta de 6% em comparação ao ano anterior”. 

Outros números nacionais

Ainda segundo a Abac, a soma de consorciados contemplados no país, chegou a 696,32 mil no primeiro semestre, 10,4% acima das 630,86 mil no mesmo período de 2020. Os correspondentes créditos concedidos avançaram 22,2%, saltando de R$ 26,49 bilhões (jan-jun/2020) para R$ 32,38 bilhões (jan-jun/2021).

Ao anotar 8,04 milhões de participantes ativos, atingiu o maior valor acumulado em um primeiro semestre ao totalizar R$ 103,34 bilhões. Para alcançá-lo, contou em junho com R$ 20,15 bilhões de créditos comercializados, 304,64 mil cotas comercializadas, recorde do ano, e tíquete médio mensal de R$ 66,16 mil, também o maior de 2021.

As 1,65 milhão de adesões no período, 31% maiores que às 1,26 milhão de 2020, resultaram dos volumes setoriais, a partir das 704,05 mil vendas de novas cotas de veículos leves; 543,64 mil de motocicletas; 238,39 mil de imóveis; 81,11 mil de veículos pesados, 46,02 mil de eletroeletrônicos; e 41,04 mil de serviços. A média mensal de 275,7 mil, apurada nos seis meses, ficou bastante acima da alcançada no ano passado, quando chegou a 210 mil vendas.

Com R$ 103,34 bilhões, a somatória dos negócios verificada de janeiro a junho, foi 68,7% maior que os R$ 61,26 bilhões apurados no mesmo período do ano passado, com destaque para os R$ 20,15 bilhões de junho, o maior valor de créditos comercializados em 2021.

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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