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Show com raízes amazônicas

O grupo Raízes Caboclas conquistou um público fiel desde que surgiu, em 1982. Suas músicas inteiramente regionais, cantando o dia a dia do caboclo e da cabocla, além dos instrumentos fabricados por eles próprios se tornaram a marca registrada dos rapazes de Benjamin Constant. Mas tudo na vida tem um tempo de existência, principalmente os grupos musicais. Assim sendo, cada um foi para o seu lado sem nunca deixar de exercer o seu mister, a música.

Agora, três deles, Eliberto Barroncas, Adalberto Holanda (Mulheres que cantam) e Osmar Oliveira (Minha vida música) em show inédito, se unem para lançar dois CDs. A apresentação ‘Imaginando … cantos da floresta’ traz composições inéditas e regravações com nova roupagem e arranjos diferenciados de grandes sucessos dos artistas

A live show será no Teatro da Instalação, às 19h, do dia 30, quinta-feira, com participação de público reduzido.

O pocket show será transmitido pelo Face e Instagram ‘Mulheres que cantam’. Para assistir ao show presencialmente é preciso inscrever-se no site https://cultura.am.gov.br/portal/. Serão disponibilizados 25 assentos no Teatro.

Eliberto e Adalberto colocam em verso e canção uma coletânea de momentos da vida eternizados ao longo de muitos anos. Exemplo disso são as canções ‘Imaginando’, que fala sobre a circularidade, e que faz menção à capoeira. O álbum possui também ‘Canto das margens’ e ‘Um choro para Marseille’, composta para uma artista francesa que Eliberto conheceu em uma viagem pela França, além de outras sete músicas. Todas são interpretadas por mulheres convidadas.

Mulheres quwe cantam

“São músicas minhas em parceria com o Adalberto. E são canções que não foram feitas nesse momento. Elas foram compostas ao longo dos anos. E surgiram com a proposta de serem interpretadas por mulheres. Seja para um espetáculo de dança, festival, entre outros momentos. Elas estavam na ‘gaveta’ há uns 15 anos e agora selecionamos dez composições para o ‘Mulheres que cantam’”, falou Eliberto.

As cantoras Enna Carvalho, Edilene Farias, Guerline Richard, Suzana Cláudia Freitas, intérpretes mais próximas da música popular brasileira e amazônica, além da cantora Daniela Nascimento, que atua também no segmento de rock e composições autorais, soltam a voz ao lado de outros nomes como a soprano Izabel Barros, a atriz e produtora cultural Carol Sant’Ana, a biblioteconomista Railda Vitor, com experiência em artes e cultura popular, a artista plástica Eliana Chaves e a artesã Dora Moreira.

Eliberto explicou que a partir da convivência com as intérpretes no estúdio percebeu como cada uma compreendeu o projeto musical, o que trouxe novos horizontes a partir do álbum.

“Um exemplo é que, além dos CDs, haverá confecções de camisas, canecas que, futuramente, estarão também em um site próprio que terá novos direcionamentos.

Novas fronteiras que dialogam com outras formas de expressão artística como artes visuais, performances, dança também estão na perspectiva. O projeto vai ultrapassar o álbum e é um caminho que está sendo desmembrado não só no sentido de cantar, mas também no sentido de realizar a arte para conquistar a própria voz nesse mundo patriarcal que tanto silencia as mulheres”, disse.

Em breve outras edições

Esta é a primeira vez que Osmar Oliveira subirá aos palcos desde o início da pandemia e ele se diz ansioso para soltar a voz. Além disso, o retorno à música tem um sabor especial de celebração após ter enfrentado problemas de saúde que adiaram a realização do lançamento.

“Consegui superar esses problemas, então é um projeto com sabor a mais de vitória. É um CD que contém músicas de minha autoria, em parceria com amigos, e acredito que será bem recebido pelo público. Nós tivemos todo o cuidado de fazer nova roupagem de músicas já conhecidas e de canções inéditas”, conta.   

A curadoria e produção executiva é de Jean Antunes. A produção musical ficou a cargo do parceiro de grupo, Eliberto Barroncas. Por conta da pandemia e por ser do grupo de risco, Osmar acompanhou o trabalho de estúdio remotamente.

Os projetos foram contemplados no edital Prêmio Manaus de Conexões Culturais, da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), com recursos da Lei Aldir Blanc.

O projeto e a transmissão levam a assinatura da produtora cultural e visual Carla Batista, que também é responsável pelo design de divulgação. 

em breve teremos outras edições deste projeto para contemplar outros grandes artistas da nossa região”, afirma Jean Antunes.

Os álbuns ‘Mulheres que cantam’ e ‘Minha vida música’ estão disponíveis para venda nas lojas Objeto de Papel e também no dia do evento.

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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