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Importância do capital humano

Na Era do Conhecimento, o capital humano é o fator-chave do crescimento econômico. De sua acumulação dependem a inovação, a geração de conhecimento e tecnologia e a produtividade. Entendendo tal conexão, o governo chinês adotou agressiva política para elevar os padrões educacionais da população, em particular no âmbito das universidades. Essa decisão de caráter estratégico vem se refletindo nas altas taxas de crescimento do PIB, que tornarão a China, ainda no decorrer deste ano, a terceira maior economia do planeta (após EUA e Japão).
Para comprovar o acerto e a oportunidade dessa opção, um estudo comparativo recém-publicado constatou que a China já está à frente dos Estados Unidos na área da competitividade tecnológica. O levantamento, usando dados de 2007, foi realizado em um dos mais conceituados institutos americanos de tecnologia, o Centro de Política Tecnológica do Instituto de Tecnologia da Georgia (Georgia Tech), em parceria com a consultoria Search Technology.
Intitulado “High Tech Indicators”, o estudo analisou o desempenho na exportação de produtos tecnológicos em 33 países, combinado com quatro parâmetros: 1) orientação nacional no sentido da competitividade tecnológica, 2) infra-estrutura socioeconômica, 3) infra-estrutura tecnológica e 4) capacidade de produção. Os dados obtidos foram confrontados com análises de especialistas para chegar aos resultados finais.
A China aparece na liderança com 82,8 pontos. Em segundo vêm os EUA com 76,1 pontos, seguindo-se a Alemanha (66,8) e o Japão (66). Ao repetir a análise, porém utilizando dados de 1996, os pesquisadores verificaram que o índice chinês era de apenas 22,5, distante dos 95,4 dos norte-americanos que estavam à época no auge de seu domínio tecnológico. O salto da China, portanto, foi espetacular.
O estudo, financiado pela National Science Foundation, avaliou ainda que, mantidas as atuais taxas de crescimento, a China deve ultrapassar em alguns anos os EUA como principal motor da economia mundial, posição que os norte-americanos ocupam desde o fim da Segunda Guerra Mundial. No dizer de Alan Porter, diretor do Georgia Tech: “Pegue manufatura de baixo custo, foque em tecnologia e combine com a crescente ênfase em pesquisa e desenvolvimento e teremos um resultado que, ao final, não deixará muito espaço para os outros países”.
Embora a China continue sendo encarada por muitos na condição de um fabricante de produtos baratos e de baixa qualidade, o estudo demonstra que o gigante asiático tem aspirações maiores; e essa transformação vem sendo realizada com grande rapidez.
A evolução da China é um exemplo para o Brasil e especialmente para a ZFM – que irá completar 41 anos no próximo dia 28. Nesta oportunidade, vale lembrar que o projeto “Arara” em curso na Suframa, iniciado na atual administração, segue nessa direção.

Valorizar a competência
Enquanto no Brasil se esnoba um scholar da estirpe de Roberto Mangabeira Unger, um cientista social de renome mundial, nos EUA os valores intelectuais são muito prestigiados. Eis um bom exemplo: desde o ano passado Samantha Power é uma das principais assessores do candidato Barack Obama para assuntos de política internacional. Aos 37 anos e uma primorosa carreira acadêmica no eixo Yale-Harvard, ela ganhou o Prêmio Pulitzer com o livro “Genocídio – A Retórica Americana em Questão”, também publicado no Brasil. Foi correspondente de guerra das revistas “The Economist” e “New Republic” na Iugoslávia, no Sudão, em Ruanda e no Timor. Em 1999, fundou o Centro Carrr de Direitos Humanos da Escola Kennedy de Administração Pública, em Harvard. Alvin Toffler, em Powershift, em 1990, e o sociólogo Manuel Castells, em 1999, em sua trilogia sobre a sociedade em rede do século XXI, antevêem que o conhecimento (as competências cognitivas) será o diferencial que separará as nações.
Caso tenha êxito na concretização da sonhada revolução educacional, o Brasil poderá ocupar ainda neste século uma posição de destaque no cenário

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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