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IMOVEIS

O fantasma da bola imobiliária que atinge o país não deve chegar em Manaus, segundo corretores e construtoras. As desconfianças de que uma bolha imobiliária atinja o país tem ganhado força com o preço das ações de imobiliárias despencando na Bolsa de Valores e recente pesquisa da revista The Economist colocando o Brasil como o país com a segunda maior valorização do mercado imobiliário, entre os 23 países estudados, com crescimento de 12,8% nos valores.
O vice-presidente do Sinduscon-AM (Sindicado das Indústrias da Construção Civil do Estado do Amazonas), Frank do Carmo, afirma que o mercado de Manaus está em situação estável e deve permanecer nesses patamares pelos próximos anos. Em 2012 o mercado cresceu 6%, em 2013 esse número caiu para 2% e deve manter o patamar em 2014. “O índice de lançamentos foi menor em 2013 porque as empresas sentiram o mercado. O nível de oferta flutuante em Manaus não gera bolha. O mercado aqui está controlado. Pode haver construtoras que tenham feito muitos lançamentos e agora sofram um pouco, mas algo ínfimo”, destaca.
O vice-presidente do Creci- AM (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Amazonas), Paulo Mota Júnior, partilha da mesma opinião. Para ele a redução nos lançamentos se dá em virtude dos inúmeros atrasos de obras que aconteceram forçando as incorporadoras a buscarem agora entregar as obras já prometidas. “Não existe isso em Manaus, aqui ainda é um mercado promissor. O que esta acontecendo é atraso. As incorporadoras buscaram entregar o que foi prometido, por isso o número de lançamentos em 2013 foi reduzido. Mas para 2014 estamos aguardando um crescimento no número de lançamentos”, destaca.
Segundo Paulo Mota Júnior o crescimento no número de lançamentos já pôde ser sentido no final de 2013. “Final do ano passado tivemos alguns lançamentos em novembro e dezembro e foram todos vendidos de forma rápida. Lotes foram vendidos, apartamentos na Torquato Tapajós, todos vendidos. Agora se você me perguntar se há demanda, há demanda. Isso eu garanto por que convivo e vivencio o mercado”. Para o vice-presidente do Sinduscon As empresas de São Paulo e Rio Janeiro veem essa fatia de mercado no Norte e Nordeste e devem expandir ainda mais o mercado para cá. “Muitas incorporadoras estão aqui em Manaus porque viram a demanda, vieram para cá e hoje praticamente são da terra. Fizeram junção com incorporadoras daqui.”
Em 2013, com a redução dos lançamentos, os programas sociais foram os responsáveis por manter o fôlego do mercado imobiliário em Manaus. Segundo o Sinduscon foram 17 mil unidades lançadas nos últimos 2 anos, sendo 11 obras fruto dos programas sociais de moradia do governo como “Minha Casa, Minha Vida”. Os que possuem entre R$ 76 mil e R$ 190 mil e são destinados a famílias com renda de até R$ 5 mil reais, dependendo da renda fixa em que se enquadrem. Paulo Mota destaca também que os preços em Manaus estavam superaquecidos, mas também já voltaram ao patamar normal. Atualmente o metro quadrado em Manaus varia entre R$ 2,5 mil e R$ 8 mil, segundo o Sinduscon. Em bairros das áreas periféricas o valor do metro quadrado vai de R$ 2,5 mil a R$ 3 mil. Nos bairros mais centrais esses valores chegam a R$ 4 mil e na Ponta Negra a R$ 5,5 mil. Em bairros como Adrianópolis e Vieralves os valores variam entre R$ 7 mil e R$ 8 mil, o metro quadrado.
A zona Leste de Manaus é uma das regiões que tende a apresentar grande valorização e um bom número de lançamentos em 2014. Por ser uma área muito povoada há a expectativa de que incorporadoras leve muitos empreendimentos para lá. O bairro de Santa Etelvina, na zona Norte e locais como Torquato Tapajós, Adrianópolis e Vieiralves são outras áreas consideradas promissoras pelo mercado imobiliário.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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