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Guiana e Brasil, unidos em Manaus

 Empresários da Guiana foram recebidos no Grupo TV Lar

Reconhecido como um dos maiores varejistas no Caribe, o empresário Royston Beepat fez um extenso roteiro em Manaus em busca de parcerias comerciais com empresários locais. Beepat cumpriu sua jornada tendo ao lado o CEO de sua empresa, a Giftland Group, Devindra Deonarine, e o diretor-executivo da PanAmazônia, Belisário Arce. A visita é fruto de uma missão empresarial na Guiana organizada pela PanAmazônia, em abril deste ano, que abriu as portas para uma maior integração entre empresários dos dois países. 

No roteiro em Manaus, os empresários foram na Bemol, TV Lar, Yamaha Motos, Dinâmica, 

Nova Era e Patio Gourmet, APA Móveis, Oliva Logoplitica, Real Bebidas, além da RD Engenheria. 

Royston Beepat busca dar forma ao Giftland Mall, em Georgetown, na Guiana. A realização de seu Mall Concept visa torná-lo ponto de referência para o varejo e o entretenimento no Caribe, fomentando uma nova atração turística.  

Leia, a seguir, um pouco da visão do empresário nesta rápida entrevista: 

Royston Beepat é um dos principais varejistas da Guiana 

Jornal do Commercio – O comércio bilateral entre o Brasil e a Guiana, em especial com o Amazonas, tem chance real de crescer na sua opinião? Qual a expectativa para a prospecção de negócios em Manaus? 

Royston Beepat – O que precisamos na Guiana é um hub que será um grande ponto de distribuição de produtos industrializados brasileiros para a região do Caribe. A Giftland pode canalizar e centralizar muitas mercadorias do Brasil, como um centro onde as pessoas possam encontrar mercadorias brasileiras. Minha visão pode estar um pouco embaçada, mas acho que isso pode ser apenas uma ideia, pelo menos eu sei que os produtos brasileiros estão disponíveis e ninguém está olhando seriamente para isso até agora.

Eu vejo um futuro muito promissor para os negócios entre a Guiana e o Brasil, especialmente com os estados do Amazonas e Roraima.

JC –  O Brasil conta com uma realidade tributária complexa que muitas vezes reduz a competitividade de negócios. Como é a situação na Guiana? 

Royston – A Guiana tem impostos complexos semelhantes aos do Brasil, especialmente sobre as importações, mas a situação de tarifas e alíquotas é muito mais favorável para os países do Caricom (mercado comum e comunidade do Caribe). Atualmente, a  maioria dos nossos produtos são importados e não são fabricados na Guiana. A Guiana está muito atrasada, mas o governo está empenhado em fazer uma reforma tributária que seja mais pró-negócios e que beneficie as empresas locais.

JC – A logística complicada segue como um grande problema para o intercâmbio comercial na chamada Amazônia. Como o senhor observa esse problema e, na sua opinião, há caminhos para reduzir essa dificuldade?

Royston – A Guiana é a porta de entrada e de saída para os Estados do Norte do Brasil, as rodovias desenvolvidas planejadas e os novos Portos de águas profundas podem criar grandes oportunidades para ambos os países e também fornecer ao Brasil novos mercados e opções logísticas antes inatingíveis.

JC – Como o senhor enxerga as perspectivas para o turismo para os dois países tão próximos e com grande atração de viajantes?

Royston – O turismo é também uma grande oportunidade. A Guiana está entre os principais destinos de ecoturismo do mundo. Sendo de língua inglesa, pode atrair uma grande variedade de estrangeiros, porém há necessidade de muito desenvolvimento de infraestrutura e acesso aéreo à Guiana , trabalhando com empresas brasileiras com recursos financeiros e um plano de longo prazo do Ministério do Turismo para levar os viajantes à Guiana pode ser uma grande área de oportunidade conjunta com o Brasil.

Fred Novaes

É jornalista
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