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COM VÍDEO – Empresários questionam pressão para mais restrições e novas regras nos comércios e nos serviços

Empresários de Manaus questionam a pressão de segmentos da sociedade para que o governador Wilson Lima amplie restrições e estabeleça novas regras para o funcionamento das atividades econômicas em razão do aumento na incidência da variante ômicron na capital amazonense.

Representantes de órgãos de controle no Estado encaminharam recomendação conjunta propondo a adoção de uma série de regras, como a cobrança de comprovante de vacinação para acesso a locais privados, como shopping centers e outros e também pedem teste negativo de RT-PCR para a entrada em restaurantes, sorveterias, lanchonetes e flutuantes, eventos sociais com até 200 pessoas, hotéis e pousadas, parques, zoológicos, cinemas e teatros. 

O empresário Marx Gabriel disse que a sociedade não pode aceitar esse tipo de pressão diante de realidades distintas verificadas na pandemia se compararmos janeiro deste ano com janeiro do ano passado. 

“É uma falta de integridade intelectual brutal tratar essa variante ômicron como as variantes registradas no ano passado. Os dados são claros e mostram uma diferença gigantesca no número de internações (queda de 900%) e óbitos na comparação com o ano passado. É uma vergonha esse tipo de pressão causando terror com consequências sociais e econômicas. Não sei se é má-fé ou absoluta incompetência desse governo”, disse. 

Gabriel acrescentou que o cenário atual é de recessão com inflação beirando 10% e a possibilidade de aumento no desemprego é alta diante da tentativa de gerar o caos e o terror na população. “Apelo ao secretário Anoar Samad, que é reconhecido na cidade, para não deixar prosperar esse caos. Não há superlotação em UTIs. As internações estão dentro do controle e a pressão sobre o sistema de saúde vem exatamente dessas narrativas sobre o momento atual da pandemia”, afirmou. 

Você pode acompanhar a posição de Marx Gabriel neste vídeo abaixo: 

O empresário também questionou a nota dos órgãos de controle pressionando o Governo para mais restrições. “Isso é outro absurdo. Ao meu ver isso fere o artigo 5 da Constituição no que tange à nossa liberdade. Reduzir o trânsito econômico é péssimo e vai trazer mais desemprego para o Amazonas”, acrescentou. 

Belmiro Vianez não vê mais restrições como solução/Crédito: Divulgação

O empresário Belmiro Vianez também questiona a tentativa de estabelecer regras restritivas para a atividade comercial. “O setor comercial continua empenhado e comprometido com as regras de proteção estabelecidas. Estamos preocupados com a saúde dos nossos colaboradores e dos nossos clientes. Não nos parece que medidas restritivas sejam a solução e ou sequer um vetor de redução do contágio”, disse. Para ele, o esforço de todos tem que ser intensificado com equipamentos de proteção, máscaras, álcool gel,  distanciamento e, principalmente, conscientização.

O diretor-executivo da Associação Pan-Amazônia, Belisário Arce, afirma que a entidade tem uma posição clara que foi expressa desde o início da pandemia, quando ingressou com  mandado de segurança contra medidas restritivas no Estado

“A posição da maioria na Associação é que o excesso de controle nas atividades produtivas não resolve a situação, mas complica ainda mais diante do impacto na vida e na saúde das pessoas que são afetadas financeiramente. A saúde fica fragilizada pois as pessoas têm menos acesso a medicamentos e a uma alimentação adequada. Psicologicamente também há um baque baixando a imunidade de todos”, argumentou. 

Belisário Arce avalia que o foco dever ser no reforço do sistema de saúde/Crédito: Divulgação

Belisário afirma que as restrições para a livre atividade econômica não mostraram-se exitosas em nenhum lugar. “Não somos negacionistas. Reconhecemos a gravidade da doença e a necessidade de medidas sanitárias. Mas também entendemos e defendemos a liberdade e a livre iniciativa econômica. Não se vê resultado positivo tanto no Brasil como em nenhum lugar do mundo com essas medidas”, disse. 

O foco, segundo o empresário, deveria estar nos cuidados sanitários e na qualidade dos serviços de saúde disponíveis para tratamento. “O governo ao invés de ingressar com medidas de restrição da liberdade, deveria focar no fortalecimento no sistema de saúde. Não se vê no Brasil um fortalecimento robusto do sistema de saúde”, criticou. Para ele, os órgãos de controle também deveriam estar cobrando e insistindo na melhoria do sistema público de saúde. 

Fred Novaes

É jornalista
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