O nível de emprego na indústria brasileira subiu pelo quarto mês consecutivo em outubro e apurou a maior alta desde dezembro de 2004 na comparação com o mesmo período do ano passado.
Segundo divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o emprego na indústria registrou alta de 1% em outubro ante o mês anterior -na série livre das influências sazonais. Em relação a igual mês do ano anterior, a expansão foi de 3,4%, a maior desde dezembro de 2004 (4,1%).
No ano, o nível de emprego atinge alta de 2%, acima dos 1,8% verificados de janeiro a outubro de 2006. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta é de 1,8%.
Emprego em ritmo positivo
Segundo o IBGE, a quarta alta consecutiva confirma o momento positivo do emprego ao longo de 2007. Na avaliação do órgão, isso é reflexo do momento favorável da economia, que vem impulsionando a atividade industrial.
O número de pessoas ocupadas aumentou em 12 dos 18 segmentos pesquisados no país. Os principais impactos no resultado global vieram de alimentos e bebidas (4,1%), meios de transporte (11,2%), máquinas e equipamentos (10,9%) e produtos de metal (9,2%).
Esse desempenho é atribuído, pelo IBGE, às maiores vendas externas principalmente de commodities ali-mentares (açúcar, grãos e carnes congeladas), à indústria automobilística e à produção de bens de capital. Por outro lado, a principal contribuição negativa permanece vindo de calçados e artigos de couro (-9,3%), setor que representa em torno de 6,0% dos trabalhadores na indústria.
A pesquisa indica que o houve expansão em onze das quatorze áreas pesquisadas, na comparação com outubro de 2006. O maior crescimento foi constatado em São Paulo, cuja variação foi de 5,4%.
O resultado de São Paulo foi influenciado pelo desempenho do emprego nos segmentos de máquinas e equipamentos (11,9%) e meios de transporte (10,0%).
Paraná (4,6%) e região Norte e Centro-Oeste (3,8%) também apresentaram aumentos significativos. As únicas quedas ocorreram no Ceará (-1,9%), Espírito Santo (-2,9%) e Pernambuco (-0,4%).
O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, em outubro, apresentou acréscimo de 0,5% em relação a setembro. É o terceiro aumento consecutivo desse indicador.
Em outubro, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores na indústria (ajustado sazonalmente) avançou 2% em relação ao mês imediatamente anterior -a quinta taxa positiva seguida, acumulando expansão de 4,3%.