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Desemprego no Brasil é o sexto maior em ranking com 42 países

Ao final de 2021, o Brasil teve a sexta maior taxa de desemprego em uma lista com 42 países. É o que aponta um ranking produzido pelo economista-chefe da agência de classificação de risco Austin Rating, Alex Agostini.

No trimestre encerrado em dezembro, a taxa de desemprego no Brasil foi de 11,1%, informou nesta quinta-feira (24) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado é até menor do que o verificado ao final de 2020 (14,2%), ano inicial da pandemia. Também é o mesmo do quarto trimestre de 2019, antes da crise do coronavírus.

Contudo, ainda supera as taxas da maioria dos países que já divulgaram os últimos dados de 2021, segundo o levantamento da Austin Rating.

Na visão de Agostini, o fato de o Brasil ter um dos maiores níveis de desocupação reflete uma combinação de fatores.

Conforme o economista, a pandemia agravou os problemas do mercado de trabalho do país, que já sofria com questões de caráter estrutural, como abaixa qualificação de uma parcela considerável da mão de obra.

“O emprego é a primeira variável a sofrer com a chegada de uma crise e costuma ser a última a reagir quando a economia começa a voltar”, diz Agostini.

Conforme o economista, o cenário brasileiro para 2022 não é dos mais favoráveis. Inflação persistente, juros altos e incertezas da corrida eleitoral tendem a frear a atividade econômica e, consequentemente, a retomada do mercado de trabalho.

“Parte da projeção de baixo desempenho econômico vem da combinação entre juros elevados e inflação. Também há incerteza das eleições. Isso faz as empresas reduzirem contratações. Vai ser um ano difícil para quem está desempregado, infelizmente”, avalia.

De acordo com o ranking produzido por Agostini, a Costa Rica foi a nação com a maior taxa de desemprego ao final de 2021: 15,6%. O economista sinaliza que turbulências políticas vividas pelo país, além da pandemia, podem ter impactado o resultado local.

Na sequência, a Espanha ocupa a segunda posição da lista, com desocupação na faixa de 13%. O país já vinha mergulhado em dificuldades econômicas antes da Covid-19, diz Agostini.

As outras nações que apresentaram taxas de desemprego maiores do que a brasileira, ao final de 2021, foram as seguintes: Grécia (12,7%), Colômbia (12,6%) e Turquia (11,2%).

A outra ponta do ranking é preenchida pela República Tcheca, com desocupação de 2,1%. Trata-se da menor taxa entre os 42 países avaliados. Singapura teve a segunda mais baixa (2,4%), e a Suíça, a terceira (2,6%).

A taxa de desemprego mede o percentual de pessoas em busca de trabalho (desocupadas) em relação à população economicamente ativa.

Em novembro, reportagem da Folha mostrou que o mercado de trabalho no Brasil vem sendo ameaçado por uma espécie de armadilha de baixa produtividade.

Ou seja, atividades que demandam menos estudo e oferecem salários mais baixos ampliaram espaço no total de vagas criadas, enquanto profissões que colocam o país em uma nova fronteira tecnológica, com mais qualificação e renda, até vêm crescendo, mas ainda são pouco representativas.

As tendências foram identificadas em um estudo de pesquisadores vinculados ao FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).​ Com informações da Folha.

Lílian Araújo

É Jornalista, Artista, Gestora de TI, colunista do JC e editora do Jornal do Commercio
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