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Crescimento industrial se mantém alto

A expansão do setor industrial no país se mantém em alta, de acordo com estatísticas divulgadas nesta segunda-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O instituto informou que 11 das 14 regiões pesquisadas apresentaram crescimento na produção da indústria.
O Estado do Paraná se destacou no período de janeiro de 2008, quando conseguiu expandir sua produção em 19,7% em comparação com igual período do ano anterior. O Amazonas vem a seguir com crescimento de 17,9% na mesma comparação, embora em relação ao mês de dezembro o aquecimento tenha sido de 5,7%.
Este desempenho entre janeiro e dezembro do ano passado, se mantido até o fim deste exercício, o que não deve estar fora de cogitação em função da conjuntura econômica, já seria superior à expansão do PIB (Produto Interno Bruto) prevista para este ano, de acordo com as projeções efetivadas por instituições financeiras e analistas do mercado divulgado também nesta segunda-feira na pesquisa Focus do Banco Central do Brasil.
O desempenho do Amazonas, conforme entendimento das lideranças industriais, se deve a razões que vão desde o aquecimento da indústria de duas rodas, onde o poder de atração de investimentos do pólo de Ma­naus tem mantido a pauta do CAS (Conselho de Administração da Suframa) sempre recheada de novos projetos, passando pelos juros mais baixos e prazos maiores oferecidos ao consumidor para financiar suas compras, sem deixar de lado a demanda aquecida por aparelhos de televisão com tela de cristal líquido.
Influenciou ainda o bom resultado obtido pelo Amazonas, onde pelo menos 81% do PIB está concentrado no pólo industrial, a reposição de estoque do comércio manauense, assim como a preferência do consumidor pela compra de notebooks e na mais pelos desktops.
No acumulado de 12 meses, onde a média brasileira chegou a 6,3%, o Amazonas ficou em oitava posição com índice de 5,2%. Neste comparativo, o Estado de Minas Gerais liderou o ranking com crescimento de 9%.
Enquanto a média de crescimento da indústria no país ficou em 8,5% na comparação entre janeiro de 2007/2008, apenas o Estado do Ceará apresentou desempenho negativo, com índice de -2,3%.
Além do Paraná e Amazonas que pu­xaram o indicador, em terceira posição ficou o Estado de Pernambuco com expansão de 12,6% e no quarto lugar São Paulo, com 12,5%. O Espírito Santo assegurou a quinta posição ao atingir crescimento de 12,1% no mesmo período.
Os analistas de mercado e representantes de classe vêem com otimismo o crescimento da indústria neste ano, embora a situação da crise dos subprime nos Estados Unidos ainda mantenha em estado de alerta aqueles que planejam fazer novos investimentos no país. Para os analistas do IBGE, este padrão de desempenho está relacionado à evolução favorável dos investimentos, consumo interno, impulsionado pela expansão do crédito e do aumento da massa salarial, e à sustentação do bom desempenho das vendas do país para o mercado externo.
Agora é assegurar que as condições externas não venham a ter impacto mais crítico no Brasil, embora exista uma demanda por commodities, como é o caso do petróleo, cujo barril chegou a ser cotado, nesta se­gunda-feira, a US$ 108 o barril.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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