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Consumidor deve gastar em média R$100 com a Páscoa

A Páscoa deve intensificar o movimento no comércio, sobretudo nas compras de chocolates. Isso porque, a poucos dias da data 71% dos consumidores manauaras estão otimistas e dispostos a gastar R$100 em produtos associados a data. A pesquisa de Intenção de Compra de Páscoa deste ano foi divulgada pela CDLM (Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus). A data deve injetar no mercado local um total de R$ 30 milhões, número menor frente ao patamar pré-pandemia.

Entre um  total de 540 entrevistados 91,1% responderam que tem a intenção de presentear alguém na Páscoa. Entre o tipo de produto escolhido pela grande maioria estão os ovos de páscoa industrializados 68,9%, seguido da caixa de bombons 37,8%, os ovos de chocolates caseiros/artesanais é a escolha de 24,4%. Apenas 15,6% pretendem comprar barras de chocolate industrializadas e 1,1% pretendem comprar colomba pascal.

Data deve injetar no mercado local um total de R$ 30 milhões
Foto: Divulgação

Em relação às compras,  os supermercados são a grande escolha, com 40%, seguido das lojas de shoppings, opção de 28,9%. Somente 20% dos amazonenses comprariam em estabelecimentos caseiros. 

Diferente de outros anos, o incremento de R$ 30 milhões está bem abaixo das projeções de anos anteriores. Mas a pesquisa  revela boas expectativas para o setor. Conforme  o vice-presidente da CDLM, Ezra Azury Benzion, a Páscoa é considerada sinônimo de comemoração, porém de uma forma mais reflexiva por se tratar de uma data religiosa. “Ainda assim, ela pode ser um bom argumento para que as pessoas possam gastar um pouco, mas lembramos que os índices são pequenos. É apenas uma estimativa que pode não se confirmar”. 

Ainda segundo a pesquisa, estima-se um crescimento de 3% nas vendas de produtos típicos desse período. De acordo com o presidente da entidade, Ralph Assayag, a venda de bacalhau deve ser 15% menor. 

Conforme Assayag, a entidade realizou  a pesquisa para entender quais outros produtos são vendidos também  e traçar o  perfil das pessoas que compram nesta data e, assim, o setor ter uma noção de estimativas de crescimento em relação ao ano passado: “Em 2020 as lojas estavam fechadas. Este ano o cenário é outro. Então, é um diferencial bem grande do que vai acontecer”.

A queda com a data é esperada por todo o país. A projeção da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) é de uma redução de 2,2%. O período deve puxar faturamento de R$1,62 bilhão significando o menor volume em 13 anos.

Renda comprometida

O economista Martinho Azevedo, comenta que os produtos comercializados neste período dependem de disponibilidade de renda, neste momento a principal preocupação do consumidor é exatamente a manutenção dessa renda para usos mais prioritários – manutenção do sustento familiar.

“Muitas famílias ainda estão realizando despesas do ano passado, quando houve redução de jornada de trabalho e renda; além de muitas pessoas perderam seu trabalho; finalmente, estamos a poucos dias saindo de uma parada nas atividades econômicas no Estado, e em muitas regiões do País estão paralisadas ou funcionando de forma precária, tudo isso afeta negativamente esse “pessimismo”, avalia. 

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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