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Comércio do Amazonas cresce pelo quarto mês consecutivo

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As vendas e a receita nominal do comércio varejista do Amazonas cresceram pelo quarto mês seguido, com números bem mais fortes do que a média nacional. Mais dependentes de crédito, os segmentos de veículos, autopeças e material de construção também tiveram desempenho positivo, embora abaixo da média. A conclusão vem da análise dos dados da pesquisa mensal do IBGE, divulgada nesta quarta (15). 

O volume de vendas subiu 4,1% na passagem de outubro para novembro de 2019, número bem superior ao do levantamento anterior (+0,6%). Na comparação com novembro de 2018, houve elevação de 13,3%. O setor também fechou no azul nos acumulados do ano (+8%) e dos 12 meses encerrados em julho (+7,1%). 

O incremento mensal das vendas do varejo amazonense ficou bem acima da média nacional (+0,6%) e fez o Estado subir do 14º para o quinto lugar entre as 27 unidades federativas do Brasil. As maiores altas ocorreram em Roraima (+9,3%), Rondônia (+8,5%) e Acre (+6,7%). As quedas mais significativas se situaram em Amapá e Rio Grande do Norte (os dois com -0,7%), seguidos por Santa Catarina e Distrito Federal (-0,1% para ambos). 

Já o crescimento no acumulado de 2019, segurou o comércio do Amazonas na terceira posição do país pelo segundo mês seguido, com um número bem acima do registrado pela média brasileira (+1,7%). O Estado só perdeu para Amapá (+14,2%) e Santa Catarina (+8,6%). As maiores baixas ficaram em Piauí (-7,1%), Paraíba (-3,3%) e Alagoas (-2,4%).

Em termos de receita nominal – que não considera a inflação do período –, houve elevação de 4,8% ante outubro, número bem mais forte do que o da sondagem (+1,4%). Na comparação com novembro de 2018, o varejo do Amazonas avançou 18,2%. O saldo foi positivo também para os acumulados do ano (+10,5%) e dos últimos 12 meses (+9,5%).

A receita nominal entre outubro e novembro também fez o Amazonas galgar posições no ranking (da sexta para quinta posição) e superar com folga a média nacional (+0,9%). Os maiores acréscimos ocorreram em Rondônia (+10,5%), Roraima (+9,4%) e Acre (+7,1%). As maiores retrações foram registradas em Amapá (-0,6%), seguido por Rio Grande do Norte, Paraíba e Distrito Federal (os três empatados em -0,5%).

A variação no acumulado do ano fez o Estado subir da quarta para a terceira colocação do ranking do IBGE, com um percentual superior ao do dobro da média nacional (+4,7%). Só ficou atrás dos resultados de Amapá (+17,2%) e Santa Catarina (+11,4%). Os piores números ficaram em Piauí (-3,8%), Paraíba, Rondônia (+0,1%) e Alagoas (+0,8%).

Veículos e construção

O varejo ampliado do Amazonas – que inclui veículos e suas partes e peças, bem como material de construção – também subiu, embora com menos força. O volume de vendas também avançou 2,5% em novembro frente outubro. Em relação ao mesmo mês de 2018 houve aumento de 8,5%. Os aglutinados do ano (+6,3%) e dos últimos 12 meses (+6,1%) também seguiram em alta. As médias nacionais foram -0,5%, +3,8%, +3,8% e +3,6%, respectivamente.

A receita nominal do varejo ampliado também seguiu no positivo e com mais força: subiu 3,8% em relação a outubro de 2019 e 12,6% no confronto com novembro de 2018. Nos acumulados do ano e dos 12 meses, avançou 9,3% e 8,9%, respectivamente. O varejo amazonense seguiu acima do nacional em todos os casos e nos respectivos números: -0,3%, +5,5%, 6,3% e +6,1%.

“Até novembro de 2019, o comércio é a atividade econômica com melhor desempenho no Amazonas. Enquanto a indústria acumula crescimento de 3,5% e os serviços, de 3,4%, o varejo está com 8% de expansão. É um número que está bem acima da média nacional de 1,7%”, destacou o supervisor de disseminação de informações do IBGE-AM, Adjalma Nogueira Jaques, ao Jornal do Commercio.

Na análise do pesquisador, o desempenho do setor é um reflexo da recuperação das outras atividades econômicas. E a “pequena melhora” na taxa de desocupação também ajudou, segundo Jaques, ao proporcionar alta na massa de rendimento, de R$ 2,4 bilhões (2018) para R$ 2,5 bilhões (2019), de acordo com a PNAD Contínua do mesmo IBGE. “O desempenho atual do comércio já é o dobro de 2018 que fechou com 4,4% de crescimento”, frisou. 

Crise e recuperação

O presidente em exercício da Fecomercio-AM (Federação do Comércio de Bens e Serviços do Estado do Amazonas), Aderson Frota, disse que os números do IBGE vieram em sintonia com as expectativas da entidade, que projetava alta de 4,5% a 6%, no último trimestre. Para o dirigente, há bases para que o crescimento não seja um ‘voo de galinha’, já que os bancos estão reduzindo a negativação e liberando consumidor para as compras. 

“As vendas tomaram impulso considerável a partir de outubro, e isso é motivo de comemoração, pois o setor ficou prostrado nos últimos cinco anos. Estamos tendo uma retomada alvissareira, com aumento de confiança do consumidor e do empresário e reflexos na arrecadação. A economia está ganhando vigor e substância e o desempenho de 2020 certamente será melhor”, comemorou.

Já o presidente da FCDL-AM (Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas do Amazonas), Ezra Azury, salienta que as estatísticas apontam para uma média onde há “crescimentos surpreendentes”, mas também situações de estagnação e queda. Para o dirigente, o que houve foi a recuperação de um desempenho “muito ruim” em 2018.

“Acredito que, na média, foi positivo, que o país está no caminho certo, e que 2020 será melhor. Para que seja melhor para mais pessoas, os números precisam ser mais fortes, porque estamos vindo de uma recessão de muitos anos. Um comparativo com 2018 não é muita coisa. Precisamos crescer em relação a 2012, 2013, que foram excelentes anos para o comércio”, concluiu. 

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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