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Basa negocia dívidas do FNO

Clientes do Banco da Amazônia que estão inadimplentes em operações de crédito rural e não rural contratados até 31 de dezembro de 2008 com recursos do FNO (Fundo Constitucional de Financiamento do Norte) e em situação irregular em 2012 têm a oportunidade de renegociar suas dívidas até o dia 31 de dezembro deste ano. O acordo prevê a atualização do saldo devedor sem a incidência de bônus de encargos de inadimplemento.
Os clientes que procurarem as agências para a renegociação até o último dia do ano podem fazer a atualização do saldo devedor sem a incidência de bônus da adimplência, rebate, multa, mora e demais encargos. A amortização mínima é de 10% do saldo devedor atualizado, com carência de um ano para o início do reembolso que poderá ser parcelado em até 10 anos.
A gerente executiva do Banco da Amazônia, Valeida Pessoa, explica que a medida negocial é amparada pelas resoluções CMM/BACEN 4.341 e 4.315, que têm o objetivo de renegociar operações de crédito rural e não rural contratadas até 31 de dezembro de 2008 e visa principalmente reestabelecer o acesso ao crédito produtivo dos diversos empreendimentos. Ela ainda informou que no Amazonas cerca de 7 mil mutuários poderão ter acesso aos benefícios das resoluções. Para isso, os clientes devem procurar a sua agência. “O cliente que tiver a situação enquadrada em uma dessas medidas legais poderá liquidar sua dívida com dispensa de 100% do saldo devedor”, disse.
Para o presidente da Faea (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas), Muni Lourenço, boa parte dos endividamentos rurais decorre dos fenômenos climáticos extremos que assolam o Estado como a cheia do rio Negro e a seca, no período do verão. Ele explica que os produtores mais afetados são os que atuam em área de várzea. “As cheias de 2009, 2012 e 2014 foram consideradas as piores dos últimos tempos. Além disso ainda há a seca que também interfere na produção e cultivo. A queda na produção reduz a renda automaticamente. Com isso, o produtor fica impossibilitado de honrar seus compromissos”, explica.
De acordo com Lourenço, a iniciativa de renegociação de dívidas disponibilizada pelo banco é uma ótima oportunidade para os trabalhadores rurais voltarem a ter crédito no mercado. “É uma ação muito bem vinda porque vem resgatar a condição de adimplência aos produtores. Eles poderão repactuar o seu débito e permanecer na atividade rural”, frisou.
Segundo a Faea, os prejuízos resultantes da enchente deste ano somam o valor de R$150 milhões. Cerca de 7,5 mil famílias foram atingidas.
Lourenço ainda disse que para solucionar esse problema é necessário haver uma mobilização do poder público quanto a elaboração de um projeto que contemple pesquisas que atendam às necessidades desses produtores em cada local de atuação. “É preciso criar um plano preventivo no sentido de haver uma articulação interinstitucional entre entes governamentais com o intuito de minimizar as consequências negativas das cheias. Uma alternativa é o desenvolvimento de pesquisas quanto ao cultivo de juta e malva em terra firme ou áreas mais altas”, sugeriu.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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