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Artes plásticas e músicas regionais pelas mãos de Arnaldo e Adelson

O final de semana começa com dois artistas amazonenses consagrados apresentando suas respectivas artes para fãs e admiradores: Arnaldo Garcez e Adelson Santos.

Arnaldo Garcez retorna a Manaus com sua exposição itinerante ‘Amazônia Plural’, no restaurante Tio Armênio, no Manauara Shopping, com vernissage no dia 15, quinta-feira, a partir das 19h.

‘Amazônia Plural’ volta à capital amazonense, onde começou, agora com novos quadros. A primeira exposição ocorreu na sede da Caixa de Assistência dos Advogados do Amazonas, depois seguiu para a loja de molduras FastFrame. Atualmente algumas obras de Arnaldo podem ser vistas na loja de vinhos Grand Cru, localizada no Boulevard Mundi Resort Residencial, na av. Efigênio Salles.

“No Tio Armênio a exposição ficará até 30 de junho. Depois, em agosto, seguimos para Deruta, comunidade que fica na região da Umbria, província de Perugia, onde ‘Amazônia Plural’ encerra, em definitivo”, avisou.

“Em setembro do ano passado, quando estive participando, como convidado, do Salão de Arte Contemporânea Stati D’Arte, na Itália, recebi o convite da Associação Casa do Artista de Perugia para realizar uma exposição lá, então resolvi apresentar o ‘Amazônia Plural’. Esse projeto tem como foco principal, divulgar a cultura do Amazonas abrindo um leque para se discutir a Amazônia”, destacou.    

“Com essa exposição quero mostrar o lado positivo da Amazônia, saindo dessas narrativas pessimistas que são repetidas há tempos. Mostro o que existe, de fato: o belo da nossa fauna e flora e a vida do homem do interior e sua integração com a natureza”, explicou.

Juntos com Arnaldo no projeto estão a fotógrafa Gisele Alfaia, o cantor e compositor Célio Cruz, os cantores Victor França e Simone Ávila, o músico Ítalo Jimenez e o poeta Elpídio Nunes, se apresentando na abertura da exposição, que tem o apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas.

Durante a exposição, como sempre ocorre, Arnaldo Garcez irá pintar um quadro ao vivo.

“Quero acabar com a questão da criação velada, fazendo com que o público participe do momento da produção da obra”, concluiu.

Arnaldo Garcez se tornou o artista plástico das novelas da TV Globo. Seus quadros comumente servem de decoração dos cenários, como aconteceu em ‘Cheias de charme’, ‘Passione’, ‘Caminho das Índias’, ‘Beleza pura’, ‘Páginas da vida’, ‘América’, ‘Belíssima’, ‘Senhora do destino’, ‘Da cor do pecado’, ‘Mulheres apaixonadas’ e ‘Amor de mãe’.

A volta do maestro   

Na sexta-feira, 16, é a vez do maestro Adelson Santos subir novamente ao palco do Teatro Amazonas, a partir das 20h, e apresentar o show ‘Saber selvagem’, acompanhado do coral Madrigal do Amazonas. Também estarão juntos com o autor de ‘Não mate a mata’, a banda Reencontros Sonoros e a cantora Márcia Siqueira que interpretará nada mais, nada menos do que ‘Não mate a mata’, o grito eterno de Adelson em defesa da Amazônia, composta em 1975 e gravada em 1980, mas atual até os dias de hoje.

A ideia de levar a efeito o show ‘Saber selvagem’ partiu do próprio Adelson junto com a maestrina Natália Sakouro, do Madrigal do Amazonas, mais a produtora Bianca Correia, da Bia Bass Produções.

“Decidimos levar ao palco uma mistura de música regional com música lírica. O público poderá apreciar composições com abordagens indígenas e dos nossos ribeirinhos, e ainda terá um trecho da ópera ‘Dessana, Dessana’, outra composição minha que fez bastante sucesso antes de ser transformada em ópera”, recordou Adelson.

Integram o Madrigal do Amazonas os solistas Luiz Lopes, Davi Lopes, Humberto Vieira, Rafael Oliveira, Luziene Lins e Lilian Oliveira. Já a banda Reencontro Sonoro é formada por Silvanei Correia (contrabaixo), Breno d’Andrade (piano), Tércio Macambira (bateria), Rodrigo Marialva (guitarra), Gabriel Lima e Bárbara Soares (violinos). Haverá, ainda, a participação especial da MI Moda Indígena.

“Será um show de música e poesia, com entrada gratuita, uma maneira de presentear os manauaras com as minhas composições”, finalizou.

Adelson Santos iniciou sua carreira musical no final da década de 1960, tocando violão, e marcou um fato histórico. Ele formou a primeira banda de rock de Manaus, em 1967, a The Rock’s, numa época em que esse estilo musical chegava aos ouvidos dos manauaras através das rádios Baré, Difusora e Rio Mar.

Investindo na carreira musical como cantor e compositor, Adelson lançou três LPs com músicas que entraram para a história musical do Amazonas: ‘Um certo tempo depois’, em 1980; ‘Sonhos de voar”, em 1982; e ‘Não mate a mata’, em 1990. Foi idealizador e primeiro regente da Orquestra de Violões do Amazonas, bem como da orquestra Vozes da Ufam; escreveu oito livros, gravou quatro discos e dois CDs com suas composições. Em 2005 a ópera ‘Dessana, Dessana’ foi apresentada no IX Festival Amazonas de Ópera. Possui uma vasta experiência na pedagogia musical do ensino superior, como professor na Ufam e na UEA.    

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Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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