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Appy descarta mudança na trajetória da economia com o fim da CPMF

O governo tomará as medidas necessárias para ajustar a economia à falta de recursos imposta pela rejeição à prorrogação da cobrança da CPMF (Contribuição Provisória para Movimentação Financeira).

O desfalque nos cofres públicos federais, no entanto, não deverá afetar a trajetória da economia brasileira, segundo avaliação de Bernard Appy, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda. “A economia está muito sólida para ser abalada por uma mudança como essa.

Obviamente seria melhor aprovar a CPMF, mas isso não deve comprometer a trajetória da economia brasileira”, afirmou Appy na manhã de quinta-feira.

O discurso do secretário é diferente daquele pregado pelo governo nos últimos meses, de que sem o “imposto do cheque” a saúde perderia recursos, os Estados ficariam sem os investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e a credibilidade fiscal do país seria afetada.

Na madrugada de quinta, o Senado rejeitou por 45 votos a 34 a proposta de prorrogação da CPMF até 2011. Eram necessários ao menos 49 votos favoráveis. A vigência do tributo termina no dia 31 de dezembro.

Para Appy, o governo saberá se ajustar a esse resultado. “A economia continua sólida. O governo vai tomar todas as medidas necessárias para ajustar a economia a esse resultado. Foi uma decisão claramente política”.

O ministro Guido Mantega deve reunir com sua equipe para elaborar as medidas que serão necessárias para compensar a não aprovação da CPMF. A arrecadação do tributo prevista para 2008 era de R$ 40 bilhões.

Falta será compensada

O ministro Carlos Lupi (Trabalho) acredita que o governo encontrará uma forma de compensar a falta da CPMF sem prejudicar o país. ‘O assunto foi muito politizado. Mas em janeiro, com a cabeça mais fria, o governo encontrará o melhor instrumento para beneficiar o país”, afirmou.

Segundo ele, com os ânimos mais calmos, a oposição não vai querer deixar a saúde sem recursos. “O início da conversa será para encontrar uma forma de suprir a saúde.

Ninguém pode se negar a colocar mais recursos para a saúde”.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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