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Os incríveis veículos movidos à Hidrogênio (parte 5)

Segundo um relatório da SLoCaT (2018), os ônibus e micro-ônibus representam 5% dos 23% das emissões globais de CO2 do setor de transportes. Este artigo aborda a evolução dos ônibus e destaca cidades que utilizam ônibus movidos a Hidrogênio (H2) para reduzir as emissões.

Para o dicionário de Etimologia Online <https://www.etymonline.com/pt> a palavra “ônibus” vem do latim “omnibus” que significa “para todos”. E não há um consenso sobre a origem do primeiro sistema de transporte público usando os ônibus em nosso planeta. 

Para The Guardian < https://tinyurl.com/y6wrbb8z> o mais antigo transporte público ocorreu em Nantes (França), em 1827, idealizado pelo empreendedor Monsieur Omnes, que cunhou o nome Ônibus como um trocadilho, para indicar tanto o propósito quanto o seu sobrenome. Já o Google Arts & Culture <https://tinyurl.com/a6e5kvnv> confirma a origem em Nantes, mas que foi introduzido por Stanislas Baudry em 1926. Eram carruagens puxadas por cavalo que podiam transportar até 16 pessoas, cuja adesão em massa tornou o ônibus uma inovação que se espalhou pela Europa. Esta matéria é interessante pois apresenta fatos envolvendo a evolução do ônibus até 1956.

Ao buscar no lens.org pelo termo “bus” em títulos e abstracts, identificou-se que uma das publicações mais antigas é um artigo de 30/10/1926 do jornal Notes & Queries <https://tinyurl.com/6bfzr9er> sobre o “London´s buses”. O autor A.R afirma que Gregory Shillibeer, após estabelecer um negócio de carruagens em Paris, introduziu o ônibus em Londres em 1829, com veículos longos para 22 passageiros puxados por três cavalos. O artigo também aponta o primeiro ônibus mecanizado, desenvolvido por Walter Hancook em 1829, e narra a evolução do transporte até 1911, alternando entre tração animal, mecânica e a vapor.

De 1827 a 2024 se passaram quase dois séculos e muita coisa evoluiu, com cidades do primeiro mundo desfrutando de um novo tipo de transporte de ônibus público, o movido a Eletricidade e/ou à H2, os quais são silenciosos, não emitem CO2, confortáveis e oferecem comodidades como internet gratuita e pagamento digital. 

E estas são algumas das cidades que estão desenvolvendo plano de longo-prazos e fazendo aprimoramentos tecnológicos, regulatórios e políticos necessários para reduzir custos e popularizar ônibus movidos à H2:

A cidade de Incheon, da Coreia do Sul lançou uma meta ambiciosa para até o final de 2024, introduzir 700 ônibus desta natureza, dos quais 200 entraram em operação no ano de 2023 <https://tinyurl.com/4pu4dp32>, fruto de  parceria que envolve o Governo Nacional da Coreia do Sul, a prefeitura de Incheon, a Hyudai Motor e a SK E&S.

O Governo de Tóquio anunciou em dezembro de 2021 que irá ampliar de 85 para 300 o número de ônibus movidos à H2 < https://tinyurl.com/yam6pnhz>

O Governo de Londres almeja até 2037 possuir cerca de 9200 ônibus com emissão zero e já conta com 20 ônibus movidos à H2 rodando com autonomia de 644 Km, com tempo de recarga de até 5 min <https://tinyurl.com/3mdbrvte e https://tinyurl.com/3xme8dxe>;

A cidade de Aberdeen, na Escócia, em 2015 foi a primeira do Reino Unido a ter uma estação para produzir e recarregar H2 <https://tinyurl.com/5f3nrn9x> com testes rodando na cidade, sendo que em 2020 foram comprados 15 ônibus de dois andares movidos inteiramente por H2 <https://tinyurl.com/mr2d9js6>. Cada um custou 500 mil libras e o projeto faz parte do plano de longo prazo da prefeitura de Aberdeen chamado Net Zero Aberdeen < https://tinyurl.com/ykuypym4> e conta com apoio do Governo Escocês e da União Europeia.

Já Barcelona deseja até 2025 possuir 508 ônibus movidos à energia limpa, dos quais 233 serão elétricos e 46 movidos à H2 <https://tinyurl.com/dv9vv265>.

Diante do exposto, questiona-se: qual o plano de longo prazo dos governos federal e estadual do Amazonas para incentivar o uso de H2 no transporte público? com a chegada das eleições municipais em Manaus, qual a proposta dos candidatos à prefeitura para um sistema movido a fontes renováveis, como eletricidade ou H2? Por fim, até quando a população permanecerá passiva aceitando andar em ônibus lotados, velhos, barulhentos e poluentes em Manaus?

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