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Cadê as ONGs? Cadê a Marina? Cadê o MMA? É brincadeira!

Vi no site da Companhia Nacional de Abastecimento – CONAB que o governo federal continua comprando SACARIA POLUENTE para uso no ESTOQUE PÚBLICO de alimento. Já faz tempo que defendo a substituição da sacaria de plástico por sacaria biodegradável, a nossa de juta/malva para uso no ensaque do milho do programa federal chamado de “Vendas em Balcão”. No meu tempo de superintendente do órgão, a diretoria da Conab até aprovou a substituição do plástico pela sacaria de fibras, mas até hoje nunca colocaram em prática, nunca fizeram um teste de compra, uma tentativa piloto. Foram várias as reuniões, em Brasília, na Câmara Setorial de Fibras Naturais no Ministério da Agricultura, e a defesa sempre firme do Muni, Ivo Naves, Karine, Eliana, Sebastião, Airton, Eduardo Rizzo e outros guerreiros de ação, não de papo, não de teatro. Semana passada, mais uma vez, a Conab realizou leilão para comprar sacaria de polipropileno poluente para ensacar milho. Depois do uso do milho do “Vendas em Balcão” essa sacaria é descartada na natureza, poluindo o meio ambiente. É o que tenho sempre dito, é um TEATRO ambiental nos discursos, mas a prática é OUTRA. Cadê as ONGs? Cadê a Marina? Cadê o ministério do meio ambiente? Cadê os ambientalistas? Cadê os Fóruns? Cadê o CEAPO? Cadê a CPORg? Façam o que digo, não o que faço. Venho fazendo minha parte faz tempo, aliás, ideia que nasceu da minha cabeça, apoiada por entidades como FAEA, FETAGRI e OCB, deputados Luiz Castro e Dermilson Chagas no passado, e aprovada pela presidência da CONAB em 2013 (10 anos atrás). Nunca foi colocada em prática, continuam poluindo.

Temos nossa sacaria de juta e malva totalmente à disposição. O meu ex-colega de Conab, hoje consultor Ivo Naves, sabe bem o que é essa pauta e faz brilhante defesa FUNDAMENTADA e TÉCNICA da mudança do plástico pelo biodegradável.  É muito papo “sustentável”, é muita COP, é muito G20, mas continuam comprando plástico poluente…É brincadeira!

Enquanto isso, a família da canoa, o guardião da floresta continua remando, remando, remando rumo a uma esperança que não chega. Outros continuam voando, voando, voando, voando com belos discursos improdutivos sobre REDD+, crédito de carbono e concessão florestal, mas ZEE não entra em pauta. Penso que a área ambiental do MPF tem que agir, já existe a compra pública sustentável, mas não fazem. No meu ponto de vista, deveria ser pauta nacional essa COMPRA PÚBLICA POLUENTE e não existência do ZEE no Amazonas preservado. Viva a “sustentabilidade” pregada por alguns ambientalistas, pela Marina Silva e pelo próprio governo federal. Repito, lema deles é: façam o que digo, mas não o que faço. No meu site www.thomazrural.com.br você vai ter acesso ao leilão de compra de sacaria de polipropileno que o governo federal fez e continua fazendo. Faço o que digo, não o que faço.

19.03.2024Thomaz Antônio Perez da Silva Meirelles, servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected]

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