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Sondagem prevê crescimento de 11% na capacidade de produção

A Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, feita pelo Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getúlio Vargas), apontou que as indústrias esperam elevar em 11%, em média, a sua capacidade instalada neste ano, ou seja, sua capacidade de produção. O percentual de crescimento é o maior nos últimos cinco anos.
Com base no planejamento ou em decisões de investimento aprovadas pelas empresas consultadas, para o triênio 2008-2010 a expansão da capacidade de produção projetada é de 22%, também o maior percentual da série reconstituída desde janeiro de 2005.
A capacidade instalada reflete qual quantidade de produtos que uma indústria é capaz de fabricar com as máquinas e unidades que tem. Quanto menor o uso, maior a possibilidade de a indústria atender a um crescimento de demanda sem provocar aumento nos preços (inflação).
No ano passado, a indústria brasileira atingiu níveis recordes de uso de sua capacidade, o que, por conseqüência, fez as empresas também realizarem investimentos recordes para a ampliação de seu maquinário, tendência que continua em 2008. De acordo com os dados divulgados, o nível atual da demanda interna -o principal fator que impulsionou o crescimento da economia em 2007- ainda é o que tem motivado os investimentos produtivos em 2008.
O quesito foi apontado por 87% das empresas como uma influência positiva para a realização de investimentos neste ano. Apenas 2% a consideraram como um fator de influência negativa. Já a demanda externa foi apontada como influência positiva por 52% das empresas, e negativa por 10%. Outro fator considerado de forma quase generalizada como tendo influência positiva sobre os investimentos em 2008 é a expectativa de rentabilidade com novos investimentos, indicada por 88% do mercado (85% em 2007), segundo a FGV.
Por fim, as condições de financiamento foram avaliadas de forma positiva por 38% das empresas, enquanto a taxa de juros foi o único fator avaliado em que a proporção dos que a consideram ter uma influência negativa sobre o investimento superou a dos que indicam influência positiva em 2008: 36% contra 23%, respectivamente.

Empresas admitem risco
de ocorrer esgotamento

O risco de a indústria esgotar a capacidade de produção em até um ano existe para um quarto das empresas, caso a demanda se mantenha em patamares elevados, segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas.
Em 2005, quando o mesmo questionamento foi feito, 29% cogitavam a hipótese, ante 31% na apuração feita em janeiro e fevereiro deste ano. Da vez anterior, o segmento vinha de uma forte expansão da demanda, em 2004, e os investimentos em capacidade de produção não acompanharam.
“O resultado foi mais equilibrado entre os setores em 2008 em relação a 2005. Mas não se pode ignorar o risco de esgotamento da capacidade de produção caso o ritmo da demanda vigente na virada do ano seja mantido. Tem de ficar de olho aberto”, disse Aloísio Campelo Júnior, coordenador do Núcleo de Pesquisas e Análises Econômicas do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia).
O professor relativiza o resultado com o argumento de que esse tipo de questionamento só foi apurado duas vezes pela FGV e que a pergunta foi “aberta”, sem saber se os executivos que responderam à questão consideraram possíveis investimentos e iniciativas preventivas que suas organizações planejam ou estão realizando.
O mesmo levantamento, quanto à previsão das empresas em investimento na capacidade de produção, indica que as indústrias esperam elevar em 11%, em média, a sua capacidade instalada este ano -ou seja, a capacidade de produção. O percentual de crescimento é o maior nos últimos cinco anos.
Segundo Campelo, há variáveis positivas, no início deste ano, que também podem amenizar as chances de esgotamento da produção: a estabilidade do nível da capacidade instalada (em 84,3% em janeiro e 84,7% em fevereiro, ante o patamar de 86% em dezembro do ano passado) e a intenção das empresas em investir mais. Ele também

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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