Ao comentar a escolha dos diretores da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), acusados de não promoverem uma gestão técnica eficiente da crise aérea do país, Walfrido dos Mares Guia saiu em defesa dos nomes escolhidos pelo governo.
O ministro disse que o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, é um “engenheiro experimentado” que conhece hoje aviação civil para debater o assunto “com qualquer pessoa nesse país”. Já o diretor Josef Barat, segundo o ministro, é “PhD em aviação”, enquanto o diretor Jorge Veloso foi coordenador do DAC (Departamento de Aviação Civil), com ampla experiência no setor aéreo.
“O diretor Leur Lomanto, por sua vez, é um ex-deputado federal de seis mandatos que foi o relator do projeto no Congresso Nacional e tem condição de dar uma contribuição”, defendeu Mares.
Em relação à diretora Denise Abreu, acusada de beneficiar amigos que administram o setor de cargas do aeroporto de Ribeirão Preto (SP), Walfrido disse que ela é “uma advogada que teve experiência na área também”.
Apesar de defender os diretores da Anac, o ministro disse que o governo não está “morrendo de satisfação” com a administração da crise aérea. “Muitas medidas que estão sendo tomadas teoricamente poderiam ter sido tomadas antecipadamente. O fato é que nós estamos cobrando”.
Segundo Walfrido, o ministro Nelson Jobim (Defesa) tem total apoio do governo federal para buscar rápidas soluções para o setor aéreo brasileiro.
Walfrido disse ser favorável a mudanças nas regras das agências reguladoras. O ministro afirmou que apóia as discussões sobre o projeto de lei que unifica as regras de mandato das agências reguladoras, em tramitação no Congresso.
“Temos que discutir isso no Congresso Nacional e com a sociedade civil. O conceito da agência é que ela não seja um órgão do governo, mas ela não pode desconhecer que existe um governo eleito. Tem que ter um canal de comunicação, e o canal hoje é o Conac (Conselho de Aviação Civil). Nessa nova discussão é possível que haja um arejamento nessa comunicação do governo com as agências de tal maneira que os ministérios tenham também sua palavra ouvida”, disse.
Walfrido também rebateu críticas sobre a indicação de Luiz Paulo Conde, pelo PMDB, para a presidência de Furnas. “O Luiz Paulo Conde foi prefeito do Rio de Janeiro, milhões de pessoas votaram nele. Foi vice-governador do Estado, foi secretário de Meio Ambiente, foi secretário de Cultura. É um político polivalente. Ficou cinco meses com o nome apresentado e não houve alguém que pudesse dizer nada contra ele. Eu acho que é um preconceito”, disse.
Segundo Walfrido, a estatal será gerida por um político que vai seguir todas as normas previstas pela política energética do Brasil, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Apesar de admitir que Conde é político, e não técnico do setor elétrico, Walfrido disse que o ex-prefeito tem competência comprovada para presidir Furnas.
Escolha da nova diretoria da Anac gera críticas ao Governo Federal
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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