O PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 1,2% no segundo trimestre em relação ao primeiro, acumulando alta de 8,9% de janeiro a junho na comparação com o mesmo período do ano passado, na mais forte elevação para todos os semestres da série histórica, iniciada em 1996, segundo a gerente da Coordenação das Contas Nacionais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Rebeca Palis. Na comparação com trimestre imediatamente anterior, as principais contribuições para a alta do PIB foram o consumo da administração pública, em decorrência das eleições, que no período se acelerou de alta de 0,8% para alta de 2,1%; no lado da produção, a agropecuária, com alta de 2,1%; e, pela ótica da demanda, a FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo), com alta de 2,4%. O PIB da indústria cresceu 1,9%, no melhor resultado desde 2005.
“Em todos os setores de demanda, as taxas continuam positivas”, disse Rebeca. “A FBCF, que foi o componente mais afetado pela crise, é também o que está apresentando grande recuperação”, disse. A alta de 2,4% na FBCF foi acompanhada pelo segundo destaque, o consumo das famílias, com 0,8%. O ritmo de crescimento das despesas das famílias foi menor, mas o destaque é que continua crescendo.
De acordo com Rebeca, a expansão recorde no semestre teve como destaque a indústria, que mostrou bom desempenho no período, com alta de 14,2% no PIB do primeiro semestre. Mas ela fez uma ressalva. “É importante destacar que estamos comparando este período com o recorde negativo do PIB semestral” disse, lembrando que, no primeiro semestre de 2009, o PIB caiu 1,9% na comparação com igual período de 2008. Ou seja: o resultado está sendo influenciado por base de comparação mais fraca.
O resultado deve levar o mercado a rever suas projeções para o PIB. A Tendências Consultoria, por exemplo, deve alterar sua projeção de crescimento de 6,6% para uma marca próxima a 7%, disse o sócio da instituição Juan Jensen. “O resultado surpreendeu, especialmente a elevação do PIB de 1,9% da indústria e de 2,1% do consumo do governo.” Com a expansão do nível de atividade mais forte do que o esperado, a consultoria deve mudar a projeção para o PIB no terceiro trimestre, de uma elevação de 0,8% para pelo menos 1%, na margem.
Para os juros básicos, a consultoria mantém previsão de 10,75% ao ano. Aliás, para o estrategista-chefe do Banco WestLB, Roberto Padovani, o BC (Banco Central) acertou na condução da política monetária, ao elevar os juros no início do ano e parar o processo por enquanto.
Brasil tem crescimento recorde de 8,9%
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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