Na cerimônia de abertura, na noite da terça-feira, 18, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou que a preservação do meio ambiente só será possível se as populações tradicionais forem olhadas e cuidadas com carinho, dando mostras de que o Amazonas sai na frente ao conceber política pública elaborada exclusivamente para as populações tradicionais do Estado, verdadeiras guardiãs das riquezas naturais. “Desenvolvimento de verdade só existe com preservação ambiental e esta preservação só é possível se os moradores das florestas tiverem condições de viver com dignidade”, afirmou o presidente.
O evento, que iniciou na terça-feira, 18, e vai até o domingo, 23, reúne índios, seringueiros, ribeirinhos, pescadores, quebradeiras de coco e representantes de organizações da sociedade civil.
O objetivo do encontro é unificar e fortalecer o movimento pela sustentabilidade dos povos tradicionais que vivem na Amazônia e nos biomas caatinga, mata atlântica, cerrado, pampa e pantanal.
O encontro é promovido pela Aliança dos Povos da Floresta, entidade composta pela Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira), o CNS (Conselho Nacional dos Seringueiros), e o GTA (Grupo de Trabalho Amazônico).
De acordo com o coordenador-geral da Coiab, Jecinaldo Saterê-Mawê, a retomada da aliança significa a abertura do diálogo do movimento com os governos e a cooperação internacional. “Nas últimas duas décadas, cada entidade atuou individualmente, mas agora é preciso uma agenda unificada. As comunidades indígenas não aceitarão o modelo de desenvolvimento econômico que leva à miséria a população da Amazônia”, disse ele.
Para o secretário-geral do GTA, Adilson Vieira, o encontro é um momento para ampliar e fortalecer as nossas alianças e conscientizar sobre os efeitos das mudanças climáticas. A intenção também é definir uma agenda para acelerar o processo de redução da pobreza entre as comunidades tradicionais, que vivem nas florestas. De acordo com dados da GTA, o país possui 4,7 milhões de quilômetros quadrados de floresta, o equivalente a 55% do seu território nacional.
A primeira edição do Encontro dos Povos das Florestas aconteceu junto com o 2º Encontro Nacional de Seringueiros, entre 25 e 31 de março de 1989, em Rio Branco, Acre. Participaram 187 delegados seringueiros e indígenas do Acre, Amazonas, Pará, Amapá e Rondônia. Durante o encontro, a Aliança dos Povos da Floresta foi instituída com os propósitos de defender as terras das populações tradicionais e assegurar a implementação de políticas públicas que garantissem sua sobrevivência.
Líderes da região se reúnem em Brasília
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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