Mais de 500 produtores rurais prestigiaram a aprovação pela ALE-AM (Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas) da lei que torna obrigatória a merenda regionalizada nas escolas da rede pública estadual. Os produtores aguardam a sanção pelo governador Eduardo Braga para que a lei entre em vigor.
O consumo da merenda regionalizada (Preme) que atualmente alimenta quase 600 alunos da rede pública de ensino do Estado, e adoção de carteiras oriundas de planos de manejos (Promove), que devem gerar só este ano R$ 7,565 milhões aos moveleiros credenciados pela ADS (Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas), estão garantidos futuramente no âmbito do governo estadual.
Desde 2003, a ADS atua como negociadora da comercialização junto aos mercados consumidores da produção oriunda dos incentivos do programa Zona Franca Verde, entre eles, a Seduc e apartir de 2008, a Semed adotou também o programa de regionalização do cardápio da merenda escolar.
Para o presidente do órgão, Valdelino Cavalcante, a aprovação do projeto de autoria do deputado Chico Preto, significa um marco histórico para o setor primário amazonense. “Produzir no Amazonas não é melhor, nem pior, é diferente em função das peculiaridades e desafios. Além das ideias e propostas estamos levando o desenvolvimento com sustentabilidade ambiental sem esquecer o lado social”, frisou ao fazer um reconhecimento à iniciativa do governador Eduardo Braga, com a criação do Programa Zona Franca Verde que, que segundo ele, é o alicerce do Preme e Promove.
Segundo dados da ADS, atualmente 585.106 alunos – sendo 330.106 da Seduc (Secretaria de Estado da Educação) e 255 mil da Semed (Secretaria Municipal de Educação) – recebem hoje nas suas escolas a merenda escolar com um cardápio variado de 42 itens regionais que vão desde frutas, sucos até o picadinho de peixe. “Além dos alunos, 5.512 produtores rurais estão envolvidos nessa atividade”, frisou Valdelino.
São gêneros extraídos da própria agricultura amazonense, nenhum item vem de fora. Com a possível aprovação da lei, o Estado será obrigado a comprar tanto os gêneros alimentícios quanto móveis confeccionados com madeira de planos de manejos.
Merenda regionalizada aguarda sanção
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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