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FMI teme queda de 25% em investimento externo em países pobres

O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, disse na quinta-feira que o investimento externo nos países pobres poderia cair 25% neste ano, enquanto as remessas diminuiriam 10%.
Ele pediu aos países avançados que, agora que a recuperação econômica está ganhando força, não se esqueçam do mundo em desenvolvimento e ajudem as nações pobres a saiam “rapidamente” da crise.
Strauss-Kahn afirmou que os países de menor renda sofreram mais que o previsto inicialmente devido à recessão mundial, apesar de serem “vítimas inocentes” da crise, já que tinham implementado uma boa política econômica. Segundo o Fundo, o investimento direto externo nessas nações poderia cair 25% este ano, enquanto as remessas cairiam 10% e as exportações poderiam diminuir 16%.
“Prevejo uma recuperação em 2010”, graças ao aumento da demanda internacional, disse o chefe do FMI, em discurso no CGD (Centro para o Desenvolvimento Global, na sigla em inglês), um instituto de estudos independente.
No entanto, ele afirmou que “o ritmo da recuperação mundial não está garantido e os países mais pobres poderiam sofrer os efeitos [da crise] durante anos”.
Por isso, Strauss-Kahn apelou à solidariedade internacional, pois “essas nações precisam desesperadamente de financiamento adicional para ajudá-los a se recuperar e obter a margem de manobra suficiente que lhes permita superar esta crise”.

Saída estratégica

A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou na quinta-feira que é necessário que os principais países do mundo realizem uma estratégia de saída coordenada da crise econômica e financeira global.
Merkel disse que, na próxima cúpula do G20 (grupo que reúne representantes de países ricos e dos principais emergentes), na cidade americana de Pittsburgh, os dirigentes políticos e econômicos estabelecerão as bases da estratégia de saída “às grandes medidas” adotadas para enfrentar a crise.
A chanceler alemã disse que, para isso, também pediu ajuda à UE (União Europeia) e ao BCE (Banco Central Europeu). Merkel lembrou que, na recente reunião mantida em Londres, foi definido “que não deve existir nenhum centro financeiro, produto ou instituição financeira não regulamentado”.
Além disso, a governante alemã também insistiu em que os salários e gratificações dos executivos “devem ser adequados ao êxito a longo prazo das empresas” e não só a curto prazo, como ocorreu nos últimos anos.
A chanceler alemã considerou que a contração da economia alemã chegou ao ponto mais baixo e que, agora, aumentaram os pedidos, “as previsões são mais otimistas e o consumo privado é mais estável, graças aos programas estatais, à cooperação internacional e a uma boa colaboração europeia”.
Na terça-feira, o FMI (Fundo Monetário Internacional) disse que os governos precisam deixar pronta uma estratégia de redução dos recursos públicos utilizados para deter o avanço da crise econômica global.
A crise na economia global, deflagrada com a quebra do banco americano Lehman Brothers em setembro do ano passado, fez com que governos do mundo todo empenhassem recursos da ordem de US$ 6,9 trilhões para conter o avanço da recessão. Só nos Estados Unidos ronda os US$ 2,6 trilhões o montante empenhado nas principais medidas para não deixar o país afundar.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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