O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou oficialmente na sexta-feira a criação do Fundo Soberano do Brasil. Os recursos para o fundo virão de uma economia adicional de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto) que o governo passará a fazer, o que eleva a sua meta de superávit primário dos atuais 3,8% para 4,3%.
O projeto de lei será enviado ao Congresso Nacional no início da próxima semana e, tramitando em regime de urgência urgentíssima, como espera o governo, deve ser aprovado em 45 dias.
“O primeiro objetivo do fundo é ajudar na política anti-inflacionária”, disse Mantega. “A elevação dos preços é um fenômeno mundial, devido aos alimentos. O Brasil tem uma inflação menor que a de outros países, porém é preciso garantir que ela ficará sob controle. Hoje, essa é a prioridade do governo”, disse Mantega.
Segundo Mantega, o dinheiro -cerca de R$ 13 bilhões- será guardado ao longo do ano e ainda terá como função formar uma poupança anti-cíclica, da qual o governo poderá lançar mão em momentos de crise para impedir uma retração forte da economia.
“Oportunamente, quando se fizer necessário, os recursos poderão ser empregados na compra de dólares, com a finalidade de segurar a taxa de câmbio”, acrescentou Guido.
Para incentivar indiretamente as empresas brasileiras, o fundo poderá adquirir títulos emitidos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no exterior. A instituição de fomento, então, emprestará os recursos para as companhias.
Para conter inflação, governo vai economizar 0,5% do PIB
Redação
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