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Wander Areosa faz do Uiara Amazon Resort novo ícone da hotelaria de selva no Amazonas

Reconhecido como o maior hotel flutuante do mundo, o Uiara Amazon Resort tem tudo para “bombar” ainda mais neste ano de 2024 com a inauguração de uma nova torre, a Naiá, até o Réveillon. A intenção é subir de categoria com suítes duplex, superluxo, de até 130 metros quadrados, com jacuzzi e mordomo exclusivo para cada quarto. 

Para esse intento, o CEO do Uiara, Wander Areosa, não está economizando: já investiu R$ 5 milhões na etapa atual da torre Naiá e tem a expectativa de investir R$ 24 milhões para concluir a obra. Uma prova que mergulhou de cabeça no receptivo do Amazonas para criar um ecossistema de turismo com a marca Uiara. 

“Eu entrei de corpo e alma, minha energia está toda aqui, 100% aqui. Eu durmo e acordo pensando nesse negócio. Eu não entro no negócio pra fazer mais ou menos. Eu vou criar um ecossistema de produtos turísticos”, asseverou o empresário. Para tornar-se um mega empreendedor na atividade turística no Amazonas, Wander investiu R$ 80 milhões na estrutura atual do Uiara, contando com a estrutura seca da torre.

Localizado no Lago Salvador, em Iranduba, o Uiara Amazon Resort conta com uma infraestrutura adequada para o turista e uma logística que favorece o deslocamento desde Manaus. Quem vai ao resort, faz o traslado saindo do píer Uiara que fica ao lado do Tropical Hotel, num dos três iates que compõem o ecossistema Uiara de turismo. Do píer ao hotel leva em torno de 40 minutos, no período seco do Amazonas. 

O ecossistema de produtos turísticos do Uiara vem ganhando corpo. Conta com o resort, que em outros tempos era conhecido como Amazon Jungle Palace, e três iates para os cruzeiros ecoturísticos e a pesca esportiva.Os cruzeiros ecoturísticos passam nas comunidades ribeirinhas e indígenas oferecendo a possibilidade de conhecer a realidade regional das pessoas que vivem às margens do Rio Negro. 

“Esse é um diamante bruto sendo lapidado”, afirmou o empresário. Por isso mesmo, Wander já anunciou a previsão de investir outros R$ 20 milhões na repaginação das atuais torres para alcançar o seu grau de exigência.  

Wander Areosa assumiu o hotel e começou o rebranding da marca em outubro de 2021 em plena pandemia. E em um pouco mais de dois anos vem realizando reestruturações no empreendimento no chamado “feeling de usuário”. “Eu sou muito usuário, sou muito cliente do meu produto. Então, eu vinha até aqui por uma semana com a minha família e uso como cliente. E eu observo algumas coisas que eu acho que estão adequadas, que podem ser melhoradas para gerar uma melhor experiência. E uma coisa que eu percebi é que a gente precisava ter mais conexão com a natureza”, afirmou. 

A nova torre Naiá é fruto dessa observação imersiva. Os apartamentos, segundo Wander, são de madeira, madeira reaproveitada ou madeira de demolição. “E foi quando a gente resolveu reinvestir nessa torre que estava parada. A gente tem os vídeos, inclusive, mostrando as madeiras de demolição que foram utilizadas. A marcenaria daqui que faz as peças, inclusive com marceneiro de Parintins”, acrescentou. 

Entre as novidades previstas para este ano também está a possibilidade de instalação do primeiro SPA Natura Eco, na Amazônia, na sede do Uiara. A ideia é integrar beleza, natureza e saúde. O Uiara também busca ser autossustentável no abastecimento de pescado para evitar adquirir peixe contaminado para seus clientes. Também investe em horta própria e compostagem para tornar mais autossustentável a operação. 

Inspiração do Ariaú na repaginação

Hotel flutuante tem uma rica estrutura para clientes exigentes /Crédito: Fred Novaes

Mesmo tendo ainda uma pegada mais de resort do que de hotel de selva, o Uiara tem uma grande inspiração no Hotel Ariaú, um ícone dos hotéis de selva no mundo que dominou, soberano, entre os anos 90 e início da década de 2000. O Ariaú fechou as portas mergulhado em dívidas, no ano de 2015. “O Ariaú foi um ícone. Quando a gente vai para as feiras internacionais, o pessoal lembra do Ariaú porque o Ariaú foi pioneiro na questão de hotelaria de selva. Eu acho muito legal a ideia do Ariaú, infelizmente não teve continuidade”, afirmou. 

Um dos pontos inspirados no Ariaú é o fato de o Uiara buscar agora estimular o turista a uma imersão na floresta, saindo da realidade cotidiana, urbana. “Quanto mais a gente chega em Manaus, mais a opção, a gente tem que levar pessoas para lugares diferentes, então assim, o Ariaú é a inspiração e vai ser para todo mundo. Se alguém diz que não se inspira em alguma coisa no Ariaú, está mentindo”, disse o CEO do hotel. 

As novidades imersivas do Uiara incluem a construção de 20 cabanas na floresta para aquela pessoa que buscam maior isolamento, uma pegada mais rústica. “A gente vai fazer 20 cabanas na floresta na copa das árvores, agora é interessante, a gente não vai fazer na árvore para não machucar as árvores. 

A gente vai fazer com pilares metálicos próximo das árvores, para as cabanas se misturar com a árvore mas não machucar a árvore”, disse. 

Também serão oferecidas cápsulas flutuantes auto sustentáveis aos turistas, como forma de oferecer uma experiência ainda mais imersiva e exclusiva aos turistas, criando um ecossistema de parque. “Essa cápsula flutuante vai ter energia solar, uma estação de tratamento de água esgoto ligada a energia solar. Então se o mundo acabar, a cápsula ainda vai estar lá”, disse.  

Desafio do market share

Wander Areosa realizou o Uiara News Summit neste último fim de semana /Crédito: Fred Novaes

Mas nem tudo são flores na vida de um empresário do setor turístico. Wander considera que o empreendimento não é reconhecido como ele gostaria que fosse. “Apesar de investir muito em publicidade e marketing, a gente ainda não tá bem expressivo, concorda? Então agora o que eu estou fazendo? Eu contratei pessoas na Europa; eu estou com representante da Europa, representante de São Paulo, representante do Rio de Janeiro e as pessoas participam de férias internacionais”, afirmou. 

O objetivo do empresário para este ano é bem claro: fazer o hotel ser o mais expressivo possível. Ciente do poder do boca a boca, Wander investe na formação de seus colaboradores e criação de conexões que levam o turista a buscar uma imersão cada vez maior. “Eu fui para Porto de Galinhas agora, fiquei impressionado com a conexão do turismo ali. Você sai de um passeio aqui, já tem outro cara oferecendo, que já tá combinado com outro cara. Faz um mergulho aqui e já tem alguém tirando foto. É um ecossistema funcionando”, afirmou. 

Atuando nos produtos conectados do ecossistema do Uiara são 120 pessoas trabalhando diretamente, sem contar os que atuam de forma indireta, segundo Wander informou. Desse total mais de 70% são moradores da região que desenvolveram um grande amor pelo projeto. 

Público corporativo como prioritário

Um grupo de 80 jornalistas conheceu as instalações do Uiara Amazon Resort /Crédito: Mário Adolfo

O público corporativo é prioritário no planejamento do Uiara Amazon Resort. Essa escolha não se dá por acaso. “Para o público corporativo, você consegue entregar uma experiência única, porque o comportamento é de grupo. É mais fácil administrar. No corporativo você também tem a possibilidade de agregar mais produtos. Você vende uma sala de reunião, vende um coffee break, vende um finger food, 

 vende um show de boi bumbá, vende um espetáculo, vende um jantar temático, então você consegue agregar mais produtos”, explicou. 

Com isso, o hotel consegue aumentar o ticket médio, ampliando a receita e tornando o negócio muito mais vantajoso. O Uiara Amazon Resort oferece cinco áreas exclusivas para eventos, com capacidade para mais de 1.000 pessoas. Atende eventos corporativos, feiras, congressos, lançamentos e eventos sociais, como casamentos.

No último fim de semana, o Uiara recebeu um grupo de 80 jornalistas para conhecer as novas instalações e serviços e os planos de futuro para o grupo. 

*O repórter desfrutou de uma diária a convite do grupo Uiara Amazon Resort 

Fred Novaes

É jornalista
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