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Vazamento de 60 mil litros de óleo afeta o Rio Negro

Dados preliminares do Batalhão de Policiamento Ambiental do Rio Negro dão conta que até 60mil litros de óleo foram derramados no Rio Negro na manhã de ontem. A mancha está a aproximadamente um quilômetro do ponto de captação de água da cidade, no entanto segundo o Batalhão Ambiental o vazamento está no sentido contrário da área de captação, a Manaus Ambiental foi notificada do acidente para que se previna de eventuais resquícios.
O vazamento ocorreu devido a um acidente com uma balsa próximo ao porto do São Raimundo, zona Oeste. A balsa estava ancorada no porto com placa de identificação em nome de Navegação Chechuan e Rodonav e tombou às margens do rio deixando cair dois dos quatro tanques carregados de combustíveis que levava. A primeira medida tomada pelos órgãos foi à contenção dos vazamentos de óleo para não deixar o produto se espalhar pelo leito do rio.
O analista ambiental e químico do Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas), Diógenes Rabelo, relatou que a balsa virou porque houve um desequilíbrio de massa no convés com a retirada do produto de um dos tanques para carregamento de um caminhão. “Quando o tanque que estava sendo descarregado ficou leve, a balsa pendeu de lado. Com a virada da balsa, um tanque foi para o fundo do Rio e o outro ficou tombado no convés”, explicou.
Dentre os procedimentos de reparação dos danos, estão a retirada do tanque que afundou e remover o óleo do casco dos barcos que estavam ancorados próximos e foram atingidos. A expectativa do Ipaam é de pelo menos cinco dias intensivos de trabalho, para reverter a contaminação que atingiu cerca de 900 metros quadrados, devidamente envolvido pela barreira de contenção. “O local de ancoradouro vai ser interditado até que os interessados se enquadrem para o licenciamento ambiental com essa finalidade”, disse Diógenes Rabelo.
Mais de 100 pessoas, de diferentes órgãos, estão trabalhando na contenção da mancha de óleo. Além do Batalhão Ambiental, também participaram das ações a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustível), do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), CDA (Centro dos Desastres Ambientais), Corpo de Bombeiros e Capitania dos Portos. Eles procuram definir quais os danos causados ao meio ambiente pelo vazamento.
Ainda não se sabe a magnitude do impacto ambiental provocado pelo vazamento de óleo. A partir dessa análise que será feita nos próximos dias será feito o enquadramento legal e definido o valor da multa a empresa responsável. A Chehuan possui licença de operação emitida pelo IPAAM no dia 11 de março para transporte fluvial de cargas perigosas, mas não para as operações de transbordo no local em que estava sendo realizado. (OH)

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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