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Varejo teme efeito Copa nas vendas

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A coincidência de datas, que fez com que o Dia dos Namorados de 2014, caia exatamente na abertura de Copa do Mundo, preocupa o comércio local. A expectativa dos lojistas é de que os produtos tradicionalmente comercializados na época sejam trocados por produtos ligados ao meio esportivo. No entanto, entidades não conseguem definir se a disputa do mundial irá gerar baixa ou aumento nas vendas.
Segundo o presidente da CDLM (Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus), Ralph Assayag, o comércio não sabe o que esperar para a data, e espera a pesquisa de intenção de compra, produzida pela entidade para ter um panorama melhor da situação. “É um caso único e não sabemos na realidade o que pode acontecer. Pode acontecer de atrapalhar e pode acontecer de dar um vigor maior, de relacionarem as duas datas e isso refletir nas compras. Mas não temos um histórico para se basear em nenhum estudo ainda. É uma incógnita”, ressalta Ralph.
Há a expectativa, no entanto, que o perfil do consumidor deva ser alterado. “Pode acontecer uma mudança nos produtos tradicionalmente vendidos. Podem ser comercializadas mais camisas, bolas, coisas que remetam ao esporte e a Copa do Mundo”, ressaltou.
A movimentação do comércio com a coincidência das datas já gerou até um “pedido” da Brahma para que o dia dos namorados fosse adiantado para o dia 11 de junho. Em um vídeo da empresa é apresentada a importância das duas datas e mostra o desespero de casais ao perceberem que as duas datas acontecerão ao mesmo tempo.
Os feriados durante o mundial também são uma preocupação para o setor, que diminui ainda mais o faturamento durante os jogos. No entanto, Ralph prefere manter uma postura otimista e diz acreditar que o entusiasmo gerado por uma boa campanha da seleção pode afetar positivamente durante e após os jogos da Copa do Mundo.

Dia das Mães
A perda de confiança na economia afetou o desempenho das vendas do comércio paulistano para o Dia das Mães e, segundo a Fecomércio/SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) foi o principal fator a explicar o recuo de 2,5% nas vendas do segmento no fim de semana da data comemorativa (12 e 13 de maio), em comparação com período equivalente de 2013. Ainda assim, a entidade diz que o levantamento trouxe um quadro melhor do que a expectativa dos comerciantes – que esperavam um desempenho 6% mais baixo em relação ao ano passado.
A falta de confiança parece também atingir o empresariado, que evitou colocar recursos em ações promocionais para ampliar as vendas. Dos empresários consultados, 38% fizeram algum tipo de promoção abaixo do contingente de 52% que havia arriscado essa estratégia de vendas no ano anterior. Além disso apenas dois em cada dez empresários do setor investiram em publicidade para o período, considerado o segundo mais forte em vendas depois do Natal.
Essa visão mais cautelosa transparece também na redução da disposição para abrir postos de trabalho e as contratações de mão de obra temporária para atender ao movimento da data também caiu. Do total de comerciantes consultados, 8% empregaram funcionários adicionais no período, abaixo da fatia de 12% registrada um ano antes.
A opção de pagamento mais usada pelos consumidores foi o cartão de crédito, usado em 68% das operações. Crediário e cheque pré-datado somaram 1% das transações. Já os pagamentos à vista -incluindo débito, cheque e dinheiro -somaram 30% do total de compras no período. Na avaliação da entidade, o cenário não se mostra melhor no futuro e a perspectiva é de que o consumo seja mesmo freado por conta do alto patamar da inflação e das taxas de juros.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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