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Vale ganha US$ 100 bi em um ano com a Inco

O valor de mercado da Companhia Vale do Rio Doce aumentou US$ 100 bilhões desde que a mineradora apresentou a proposta de compra da produtora canadense de níquel Inco. Do dia 11 de agosto de 2006 até a segunda-feira passada, o valor de mercado da empresa passou de US$ 53.43 bilhões para US$ 153.70 bilhões.

No próximo dia 18, faz um ano que o governo do Canadá aprovou a operação. Oito dias depois, o negócio foi fechado e fez a empresa brasileira se consolidar como a segunda maior mineradora do mundo, atrás apenas da BHP Billington. “A compra da Inco praticamente dobrou a Vale do Rio Doce em relação ao ano passado”, disse o presidente da empresa, Roger Agnelli, referindo-se não ao valor de mercado, que praticamente triplicou mas a diversos outros números da empresa como os de geração de caixa e despesas com funcionários.

A compra da Inco, por US$ 18.9 bilhões, foi um dos elementos fundamentais para a valorização da empresa, disse Agnelli. A Vale acaba de passar a Petrobras como a maior empresa do Brasil em valor de mercado.

A Inco foi a maior responsável pelo aumento da receita operacional da Vale no segundo trimestre deste ano, em relação a 2006. A empresa canadense contribuiu com R$ 7,133 bilhões dos R$ 8,066 bilhões de aumento da receita. De abril a junho deste ano, a receita atingiu R$ 18,197 bilhões.

A aquisição da Inco mudou o perfil da Vale. No primeiro semestre do ano passado, 71,6% da receita bruta vinha dos minerais ferrosos.

Os minerais não ferrosos, como o níquel, tinham participação de apenas 5,8%. No primeiro semestre deste ano, os minerais não ferrosos foram a principal fonte da receita da Vale respondendo por 44,4%, enquanto os minerais ferrosos ficaram com 41,9%.

Graças à Inco, o grupo agora é líder mundial também em níquel, além do minério de ferro. A Vale também está bem posicionada no cobre, com contribuição significativa da Inco.

Foco de negócios

O níquel transformou-se no principal produto individual da CVRD em geração de receita bruta, contribuindo com R$ 6,340 bilhões, o que equivale a 34,8% do total de R$ 18,197 bilhões. O minério de ferro respondeu por 30,2%, com R$ 5,498 bilhões. As pelotas somam mais R$ 1,624 bilhão, o equivalente a 8,9% da receita total.

A venda do níquel nessa faixa de preço contribuiu para que a Inco gerasse caixa no montante de R$ 4,8 bilhões no segundo trimestre, perto da metade da geração de caixa total da Vale, que foi de R$ 10,2 bilhões.

A participação da Inco no lucro líquido da Vale, porém, é bem menor. O lucro líquido da Vale chegou ao recorde de R$ 5,8 bilhões no trimestre, mas a parcela da Inco foi de R$ 619 milhões, acumulando R$ 2,2 bilhões no primeiro semestre, quando o lucro líquido da Vale foi de R$ 10,937 bilhões.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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