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Temporada de cruzeiros 2019/2020 com previsão de alta de 15,47%

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A Temporada de Cruzeiros 2019/2020 terá um acréscimo de 15,47% em seu fluxo turístico. No total, 16 navios trarão 20.550 visitantes – entre passageiros e tripulantes – a Manaus e Parintins, de novembro de 2019 a maio de 2020. No período anterior, 15 transatlânticos trouxeram 17.797 turistas ao Estado. Os dados foram divulgados pela Amazonastur (Empresa Estadual de Turismo do Amazonas), nesta segunda (28).

Encerrada em 6 de abril deste ano, a temporada anterior injetou em torno de R$ 11 milhões (correspondente a US$ 2,9 milhões) na economia amazonense. Cada turista estrangeiro gastou, em média, US$ 115,56 durante os dias de visita no Estado. Não há uma estimativa oficial. Mantida a mesma média, o volume de gastos deve chegar a US$ 3,48 milhões (ou R$ 13,84, pelo câmbio de ontem). 

No entendimento dos dirigentes do segmento de turismo do Amazonas ouvidos pelo Jornal do Commercio, trata-se de uma boa notícia para as empresas. Os números, contudo, não impressionam tanto, já que ainda se encontram longe do patamar da primeira década dos anos 2000, quando o Estado chegava a receber 40 embarcações turísticas por ano. 

A atual temporada começa neste domingo (3), com a chegada do M/S Viking Sun, e se estende até o dia 2 de maio de 2020, incluindo navios expedicionários de alto nível. No dia 31 de janeiro de 2020, aportará em Manaus um dos maiores cruzeiros que já navegou pelos rios amazonenses, o M/S Queen Victoria, com mais de 2.900 turistas, entre tripulantes e cruzeiristas. Além de Manaus, os excursionistas passarão também pela cidade de Parintins (a 534 km da capital).

O presidente do Sindetur (Sindicato das Empresas de Turismo no Estado do Amazonas), Mario Tadros, diz que o crescimento é importante para o setor, mas salienta que a meta das empresas é pelo menos recuperar o terreno pedido em mais de uma década. “Não sei dizer o motivo para essa queda, mas o governo precisa fazer um trabalho para descobrirmos o que aconteceu e resolvermos essa questão”, asseverou. 

Um dos grandes agentes de recuperação do turismo, conforme o dirigente, é a movimentação em Manaus, que costuma aumentar com a chegada de um cruzeiro marítimo. Mas, segundo Tadros, nem a Copa, nem os jogos das Olimpíadas de 2016 ajudaram a trazer alguma expertise para a cidade receber melhor os visitantes estrangeiros. 

“Foram questões pontuais. Faltou planejamento e uma melhor divulgação antes, durante e depois dos eventos, para evitar ociosidade dos equipamentos turísticos. E, do lado dos estabelecimentos, ainda falta oferecer produtos e serviços adequados a esse tipo de consumidor, com poder aquisitivo e expectativas mais altos”, explicou.

Tempo e clima

Já a diretora para assuntos de turismo receptivo da Abav-AM (Associação Brasileira das Agências de Viagens do Amazonas) e proprietária da agência Amazon Eco Sight, Glória Reynolds, considera que qualquer aumento na atividade é positivo para as empresas, assim como outros segmentos que saem ganhando com o turismo, como alimentação, transporte e lazer.

“Já estivemos em situação melhor antes, mas ainda é um número razoável. A vinda dos navios é muito positiva para a economia de Manaus, porque movimenta o Centro de Manaus, embora seu potencial não esteja sendo plenamente exercido”, avaliou.

A dirigente observa que apenas três agências locais trabalham com embarcações estrangeiras, apesar de outras oferecerem algum serviço para esse tipo de público. Outro fator limitante é o tempo de permanência do navio na cidade – geralmente de até dois dias – e o clima, que pode não favorecer os passeios – os mais comuns são o city tour e a navegação pelo Encontro das Águas. 

Eventos e vistos

Em texto veiculado por sua assessoria de comunicação, a presidente da Amazonastur, Roselene Medeiros, o órgão estadual intensificou as promoções e as participações nas feiras nacionais e internacionais para fortalecer o destino Amazonas, atraindo mais turistas ao estado nos próximos anos. 

“A Amazonastur tem participado das principais feiras, exposições e conferências nacionais e internacionais do setor, promovendo o destino, em busca de parcerias. Nossa expectativa é que, com a liberação do visto para a entrada no Brasil de norte-americanos, canadenses, japoneses e australianos, e mais recentemente de chineses, um número maior de turistas deverá passar pelo estado. Mais turistas resultam em mais renda e emprego para o nosso estado”, comentou a presidente.

Na estimativa do operador de turismo e proprietário da agência Amazon Explorer, Eury Barros, a liberação dos vistos para entrada no Brasil para os norte-americanos, canadenses, japoneses e australianos elevará o número de visitantes em relação à última temporada, que recebeu mais de 17 mil cruzeiristas. “Isso vai influenciar na vinda dos passageiros. Vamos colher os frutos, porque nossa maior demanda é dos norte-americanos”, concluiu.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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