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Teatro para todos gostos e idades

Durante dez dias o Festival apresentará 30 peças nas mais diversas linguagens teatrais

Evaldo Ferreira: @evaldo.am

Esta é para quem gosta de teatro. Começou domingo (2), e segue até a quarta-feira (12), o 16º FTA (Festival de Teatro da Amazônia). Não teve eleição que impedisse o cortejo da Bampep (Banda Macial Petrônio Portella), saindo do IEA e seguindo até o Largo de São Sebastião, na noite de domingo. No Largo, as encenações iniciaram com o espetáculo ‘Boxe Compalhaçada’, do Grupo Compalhaçada.

O 16º FTA apresentará ao público, 30 peças de todo o país, na Mostra Jurupari, com espetáculos inéditos em competição; e na Mostra Ednelza Sahdo, homenagem à dama do teatro amazonense, com apresentações não competitivas. O FTA conta com uma programação totalmente gratuita para todas as idades.

“As expectativas para este FTA são as melhores, tendo em vista a amplitude da programação com 30 espetáculos e ocupação de três teatros (Amazonas, Gebes Medeiros e da Instalação). Os espetáculos são de diversas linguagens, entre eles teatro italiano, semi arena, performance, rua, entre outros. Durante o FTA será executado o projeto de mediação cultural realizado pela disciplina de Mediação Cultural da Esat/UEA”, falou Francis Madson, presidente da Fetam (Federação de Teatro do Amazonas).

O espetáculo ‘O cavaleiro da Armadura de Sol’, da Associação ArtBrasil, abriu a programação na tarde de ontem, às 15h no Teatro Amazonas. Com classificação livre, a peça faz parte da Mostra Ednelza Sahdo. Às 20h, subiu ao palco do Teatro o espetáculo ‘retrAtos de Qorpo Santo’, da Companhia Teatral A Rã Qi Ri. Com classificação para 14 anos, também foi um dos convidados para o Festival.

Aguardando o público

“Estamos satisfeitos, pois estamos realizando uma programação robusta, com 30 espetáculos. Temos trabalhado para que o público possa responder à altura desse investimento com sua presença”, disse o presidente.

Nesta terça-feira (4), às 18h, a programação continua com a amazonense ‘Recolon’, no Largo de São Sebastião. A montagem, de Leo Scantbelruy, faz parte da Mostra Ednelza Sahdo e é livre para todos os públicos. Com mais de nove anos de processo contínuo, e sete anos de apresentações, ‘Recolon’ já foi apresentado mais de 70 vezes, entre Amazonas, Rondônia, Florianópolis, Bolívia, Espanha e São Paulo. Em 2020 se tornou o primeiro espetáculo da região Norte a compor a programação da MIT/SP (Mostra Internacional de Teatro de São Paulo).

Às 20h, o palco do Teatro Amazonas recebe, direto do Amapá, ‘A mulher do fim do mundo’. O solo da Cia Casa Circo também integra a Mostra Ednelza Sahdo e é recomendada para 14 anos.

‘A mulher do fim do mundo” é um tiro no escuro que arremessa indagações, questionamentos, afirmações e, dentro de um estado reflexivo, uma mulher negra se depara com a existência de um corpo que respira a cada segundo para se manter de pé. Neste estado existencialista, ela estabelece um diálogo visceral e direto do corpo e, com os corpos, onde através do corpo negro e suas infinitas capacidades de afetação e do seu discurso de afirmação, valida a existência desses vários corpos que atravessam gerações, flagelados socialmente.

Platéia do futuro

Na quarta-feira (5), o espetáculo paulista ‘O ovo da Cuca’ abre a programação da Mostra Jurupari. A peça do Grupo Desembargadores do Furgão será exibida às 10h, no Teatro Amazonas. Também às 10h, o espetáculo convidado ‘Um fantasma para sua majestade’, do Grupo de Teatro T-Art.com, será apresentado na Escola Estadual Marquês de Santa Cruz, no São Raimundo. É livre para todos os públicos. Às 17h, na Mostra Jurupari, se apresenta no Gebes Medeiros o espetáculo catarinense ‘Amar é crime’, de Jônata Gonçalves. Recomendado para +18 anos. Encerrando este dia, às 20h, na Mostra Ednelza Sahdo, o cearense ‘Murillo João Ramos Acácio Pereira da Costa: um artista da luz vermelha’, sobe no palco do Teatro Amazonas. A peça solo é do ator e diretor Murillo Ramos e está classificada para +18 anos.

Na quinta-feira (6), às 10h, no Teatro da Instalação, é a vez do espetáculo pernambucano ‘Sopro D’água’. A montagem de Gabi Holanda faz parte da Mostra Jurupari e é recomendada para +14 anos. Às 17h, a peça ‘Preciso falar’, de Daniely Lima, ocupa o palco do Gebes Medeiros integrando a Mostra Jurupari. É recomendada para +10 anos. Às 20h é a vez do catarinense ‘Índice 22’, da Téspis Cia. de Teatro, subir ao palco do Teatro da Instalação, na Mostra Jurupari. Recomendado para +16 anos.

Na sexta-feira (7), às 17h, no Teatro Gebes Medeiros, ‘Se eu fosse um rato’, solo de Ítalo Rui, integra a Mostra Ednelza Sahdo. Recomendado para +14 anos. Às 18h30, no Largo de São Sebastião, livre para todos os públicos, se apresenta ‘A corda e o acordo’. O espetáculo da Companhia Vitória Régia faz parte da Mostra Jurupari. Encerrando a sexta, às 20h, ‘Desassossego’, ocupa o palco do Teatro da Instalação. O espetáculo do Grupo Jurubebas, também na Mostra Jurupari, é recomendado para +18 anos.

“Este ano a Fetam está desenvolvendo o projeto de mediação cultural visando formar uma platéia do futuro, sensível e aberta às mais diversas formas de linguagem. Mudar os hábitos exige investimentos em políticas públicas e sobretudo, formação de espectadores”, concluiu Francis.

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Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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