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Supermercados em alta nas vendas no Amazonas

O Amazonas registrou incremento de 5,5% nas vendas no segmento de supermercados nos primeiros quatro meses do ano. Desempenho um pouco maior em relação aos índices nacionais que cresceu 4% em comparação a igual período do ano passado. Os números fazem parte do balanço da Amase (Associação Amazonense de Supermercados) e do Índice Nacional de Consumo dos Lares Brasileiros Abras (Associação Brasileira de Supermercados), apurado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade. 

“A necessidade de alimentação devido às restrições impostas pela Covid foi muito maior dentro das famílias. Houve uma corrida aos supermercados em janeiro com o anúncio de um possível lockdown. Essa corrida fez o consumo aumentar. Em fevereiro da mesma forma quando todas lojas estavam fechadas a movimentação a esses estabelecimentos foi grande. Nós crescemos enquanto no restante do Brasil não teve demanda neste mesmo período”, avalia o vice-presidente da Amase, Ralph Assayag. 

Ele acrescenta que em março ainda houve reflexo positivo em função do cenário, porém, em abril houve redução, contudo em relação a outros estados o Amazonas garantiu bons resultados. “Em seguida o país apresentou alta e o Amazonas manteve-se em baixa em relação ao segundo trimestre”. 

Conforme os números da Abras, o resultado do mês de abril/2021 sobre abril/2020 aponta crescimento de 2,77% em todo país. Para o vice-presidente Administrativo e Institucional da entidade, Márcio Milan, a  alta das vendas já reflete a volta do auxílio emergencial pago às famílias, e está em linha com as projeções da Abras. “Na comparação de abril de 2021 com abril do ano passado, a evolução de 2,77% é sólida porque é calculada sobre um movimento intenso das famílias que buscaram abastecer as casas diante dos primeiros reflexos da pandemia”,afirma.

Em relação a março deste ano, a pesquisa aponta queda de 4,82%. Segundo o levantamento, março teve um dia a mais para compras em relação a abril. Além disso, pesou sobre o resultado a volta da alimentação fora do lar, por conta do retorno gradativo das atividades de trabalho presenciais. Os fechamentos temporários de lojas decretados por prefeituras (lockdowns) também influenciaram o resultado, e levaram os supermercados a enfrentar o problema inclusive com ações na Justiça para garantir o funcionamento dos estabelecimentos. “A alimentação é direito essencial e os supermercados estão trabalhando para garantir o acesso dos consumidores aos produtos com respeito aos protocolos de saúde e toda segurança”, aponta Marcio Milan.

Abrasmercado

Em abril, o *Abrasmercado apresentou alta de 0,92% frente ao mês de março. A cesta Abrasmercado passou a valer R$ 643,67, contra R$ 637,82 do mês imediatamente anterior.

As maiores quedas nos preços da cesta em abril foram registradas nos produtos: batata, -7,92%, pernil, – 5,96%, extrato de tomate, -2,16%, arroz, -2,07% e queijo prato, – 1,95%. No acumulado do ano, o tomate tem baixa de -20,88%. E o pernil baixou -8,91%, tornando-se opção de substituição à carne bovina na mesa do consumidor.  As maiores altas foram margarina cremosa, +4,99%, tomate, +4,50%, biscoito cream cracker, +3,92%, cebola, +3,05%, e papel higiênico +2,96%.

Regiões

Em abril, a Região Sul foi a única que apresentou queda no valor da cesta Abrasmercado, – 0,11%, passando de R$ 695,74 para R$ 694,99. Dentre as demais regiões, a Sudeste foi a que apresentou maior variação positiva, 2,35%, saindo de R$ 608,55 para R$ 622,87.

A cesta Abrasmercado não é a cesta básica, mas, sim, uma cesta composta por 35 produtos mais vendidos nos supermercados: alimentos, incluindo cerveja e refrigerante, higiene, beleza e limpeza doméstica.

Apostas

“O consumidor está ainda mais atento aos preços de seus produtos, faz pesquisa e tem buscado até substituir itens das compras que estejam mais caros, por alternativas de qualidade. É o caso da carne suína que, até pela baixa de preço, tem se apresentado como alternativa aos cortes bovinos. O frango congelado que agora teve nova baixa – 0,96% –, também é opção”, avalia Marcio Milan. “E tem ainda o tomate que, apesar de apresentar alta em abril, acumula queda de preços de mais de 20,0% no intervalo de janeiro a abril deste ano”, destaco Milan. 

Expectativas

Os supermercados projetam crescimento de 4,5% para o fechamento do ano de 2021. Estimativa que será revisada ao final do mês de junho, segundo a ABRAS. “O pagamento antecipado da primeira parcela do décimo terceiro de aposentados e pensionistas, R$ 25,3 bilhões ao todo, e o primeiro lote de restituição do Imposto de Renda, R$ 6 bilhões, vão favorecer o consumo das famílias que destinam, aproximadamente, 60% de suas rendas para alimentação”, garante o vice-presidente da Abras. A possibilidade da prorrogação do auxílio emergencial até setembro é outro fator que irá influenciar os resultados, segundo a entidade.

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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