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Startup vende itens de saúde

Startup compra itens de saúde

É nos piores momentos que, muitas vezes surgem as melhores ideias. Após um problema de saúde na família, no qual o pai teve dificuldades em encontrar itens de cuidados e produtos especiais, além de não conseguir contratar cuidados específicos em domicílio, o empreendedor Rodrigo Correia da Silva enxergou neste cenário, além de uma oportunidade de mercado, uma forma de ajudar as pessoas, e assim fundou a startup Suprevida, plataforma on-line de compra de produtos de saúde com acesso a artigos, profissionais e clube colaborativo de fidelidade.

“O propósito da Suprevida é garantir que as pessoas tenham uma boa condição de manutenção e recuperação de saúde em casa levando os produtos especiais, cuidados profissionais e informações úteis que possibilitem o empoderamento e auto-cuidado do paciente e da família. Fazemos isso aplicando tecnologia e modelos de negócios que gerem conexão e facilitem a relação entre fornecedores e compradores”, explicou Rodrigo ao Jornal do Commercio.

O interessante da empresa é ela disponibilizar para o cliente os chamados produtos especiais que, em princípio, quase desconhecemos, mas que se tornam super importantes quando alguém está precisando deles. Entre os mais vendidos da Suprevida destacam-se: cateteres, scalps, curativos em gel, bolsas e placas de ostomia, meias de compressão, fraldas e absorventes, bandagens, curativos de prata, curativos não adesivos e seringas.

“Percebemos que as pessoas que têm doenças crônicas ficaram desesperadas na pandemia, em quarentena domiciliar, sem poder sair de casa e precisando de produtos médicos para ter uma vida adequada. Houve clientes que fizeram estoque, chegando ao ponto de ter hospitais comprando conosco, pois faltaram produtos para eles”, revelou.

Em todo o Brasil

Desde que a pandemia do coronavírus chegou ao Brasil, a Suprevida viu disparar suas vendas. 

“A pandemia fez com que a preocupação com a saúde aumentasse, então muitos consumidores estão procurando cada vez mais informações sobre a forma correta de se cuidar e quais os produtos mais indicados para cada tipo de enfermidade”, disse Rodrigo.

Apesar de a empresa ter sido idealizada para operações on-line focadas em levar produtos médicos ao consumidor em todo o Brasil, o aumento da demanda acelerou os planos de desenvolvimento levando-a a realizar contratações mais rapidamente que o programado.

“Nossos processos são muito automatizados, mesmo assim nosso time foi multiplicado por três, passando de uma startup com quatro pessoas para doze. O crescimento se deu em todas as áreas: tecnologia, logística, marketing, atendimento ao cliente e expansão de atacadistas conectados na plataforma”, informou.

A Suprevida possui, atualmente, milhares de consumidores de todo o Brasil na sua base de dados e no período entre março e agosto, o número de clientes dobrou. A startup conta com mais de 1.800 produtos em oferta por atacadistas e fabricantes e possui mais de 400 profissionais de saúde cadastrados.

Ter cadastrados profissionais de saúde é um serviço gratuito disponibilizado tanto para o paciente quanto para os próprios profissionais de saúde. Através de um geolocalizador o cliente pode encontrar médicos, enfermeiros, nutricionistas e qualquer outra especialidade em uma simples busca no site da empresa.

Além da comercialização de produtos, a Suprevida atua em outras duas frentes com conteúdos informativos e marketplace em que os profissionais ofertam seus serviços. A geolocalização em tempo real do consumidor e dos fornecedores mais convenientes proporcionam melhor oferta, menor frete e entrega mais rápida. Os atacadistas e fabricantes disponibilizam seus estoques no BackEnd da plataforma, que os exibirá aos usuários nas respectivas marcas e linhas de atuação.

Atendimento humanizado

Ao longo da pandemia as vendas da Suprevida vêm passando por momentos diferentes. Logo no começo o álcool em gel foi o campeão de vendas, depois máscaras e, em momento de escassez, materiais utilizados por serviços de saúde que estavam com falta de estoque em todo o Brasil.

“Agora o consumo retornou ao padrão anterior apenas em patamar mais elevado e as vendas são bastante pulverizadas entre as categorias de produtos”, disse.

Rodrigo lembrou que os desafios de sua startup são os mesmos de qualquer plataforma de e-commerce, porém, na saúde a questão é bem mais delicada.

“Estamos tratando da vida das pessoas, que por sua vez estão em situação delicada, fragilizadas, e elas tiveram algumas dificuldades em comprar online, pois a linguagem é técnica, o nosso sistema de saúde é fragmentado, nem sempre elas recebem informações sobre como se cuidar em casa, então é um comprador desconfiado, e com razão, pois as vezes vai comprar uma coisa que precisa para viver e está com seu limite no cartão de crédito”, revelou.

“Acima de tudo temos a obrigação de dar um atendimento humanizado e de muita empatia, por isso nosso call center é formado por enfermeiros”, concluiu.

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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