Pesquisar
Close this search box.

Situação em Humaitá mobiliza parlamentares

A grave situação que vive o município de Humaitá (a 590 quilômetros de Manaus), tem mobilizado parlamentares na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). O deputado estadual José Ricardo (PT) entrou em contato com a presidência da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Brasília, pedindo explicações à coordenadora de Gabinete, Rafaela de Oliveira, segundo a mesma, a situação é critica.
Revoltados com o desaparecimento de três pessoas, supostamente sequestradas por índios da etnia Tenharim, milhares de manifestantes promoveram um quebra-quebra na cidade de Humaitá, na noite de quarta-feira, 25. Pelo menos 16 veículos foram incendiados. Os revoltosos reclamam da falta de informações sobre os desaparecidos e acusam o Exército de proteger os indígenas. Depois que o prédio da Funai foi depredado, houve confronto entre manifestantes e a Policia Militar, que utilizou bombas de efeito moral e balas de borracha.
José Ricardo foi informado pela Funai de que já foi solicitado o auxilio da Policia Federal, além de reforços para o Exército e para a Policia Militar do Amazonas. O deputado pediu ainda providência para que seja apurado o desaparecimento de Luciano Ferreira Freire, representante comercial; Stef Pinheiro, professor de Apuí; e Aldeney Ribeiro Salvador, funcionário da Eletrobrás Amazonas Energia; e explicações sobre a morte do cacique da Aldeia Kampinhu’hu Ivan Tenharim, ocorrida no último dia 03 de dezembro, divulgada como suposto acidente de moto.
Segundo a Funai em Brasília, os indígenas alegam não ter conhecimento do paradeiro dos desaparecidos, e que as informações do município estão difíceis, pois a sede da entidade e os telefones foram queimados e o coordenador regional está de férias. Quanto ao pedido de investigações, as mesmas devem ficar a cargo da Polícia Federal, por tratar-se de área indígena.
“Lamentamos o que está ocorrendo no município, mas estou cobrando apuração e respostas rápidas para essa situação, antes que algo pior aconteça. Estamos preocupados com os habitantes de Humaitá, indígenas e não indígenas,” comentou José Ricardo.

Acusações

Líderes da manifestação alegam que a Polícia Federal, o Exército e a Força Nacional foram omissos nas buscas aos três desaparecidos. Eles temem que os mesmos tenham sido assassinados pelos indígenas, revoltados com a morte do cacique “Ivan Tenharim”, no dia 3 de dezembro na Rodovia Transamazônica. Os caciques das aldeias negam a acusação, mas não permitem buscas pelos desaparecidos em suas reservas.
A reserva indígena tem oito aldeias e fica às margens da rodovia Transamazônica. Os três desaparecidos estavam a caminho do município de Apuí mas nunca chegaram ao destino. A empresa Amazonas Energia, em nota, informou ter acionado todos os órgãos governamentais como Funai, Polícia Civil de Humaitá e Polícia Federal de Rondônia para investigar o desaparecimento de seu funcionário, Aldeney Ribeiro Salvador.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar