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Sinal verde para o e-commerce

Sinal verde para o e-commerce

Se por um lado a Black Friday 2020, maior evento de compras com descontos do país, não anima o tradicional comércio varejista por conta do freio na economia em função da pandemia, na contramão, tem um setor que demonstra expectativa alta de faturamento em vendas. Todas as previsões estão apontando para recorde de vendas neste ano. Grandes players estão se preparando muito para isso. O comércio eletrônico prevê um crescimento de 77%, atingindo R$6,9 bi, em comparação com a mesma data no ano passado. Números revelados pela ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).

As previsões,  conforme Rodrigo Bandeira, vice-presidente da ABComm, é que as marcas devem investir mais em campanhas promocionais, estoques e vantagens para o consumidor, uma vez que é uma data que promete impulsionar a retomada econômica. 

“Desde o início da pandemia já são mais de 4 milhões de novos consumidores na modalidade online, o que influencia nessa alta estimativa que temos em relação às vendas, pois, apesar da retomada das lojas físicas em algumas regiões, ainda estamos em meio a uma pandemia e as pessoas continuam se sentindo mais seguras fazendo suas compras de casa”. 

Na análise do especialista em e-commerce André Botelho certamente as projeções devem confirmar um crescimento fora dos padrões dos últimos anos. “É data mais esperada pelo setor. Nos preparamos para isso meses antes. É uma verdadeira operação de guerra para não perder nenhuma venda possível. O consumidor também se prepara. Por isso temos resultados incríveis nesse período”. 

Na percepção de Botelho, ainda há muito mercado para crescer. Quem se prepara, estuda e tem agilidade para implementar as ações consegue obter resultados importantes. Com o crescimento do omnichannel, teremos ainda mais resultados de venda, pois os clientes terão inúmeros canais para realizar suas compras. “Acredito que o maior desafio é a logística de entrega, Não é atoa que o Mercado Livre (que tem 35% de participação no e-commerce brasileiro) investiu em sua própria frota de caminhões e recentemente em sua própria frota de aviões”. 

Acesso de todas as formas

Mesmo com o aumento no números de casos do novo coronavírus, ele não acredita que o tradicional comércio varejista perca força na data. “Ainda existe uma parcela enorme de brasileiros sem acesso à internet, sem acesso a conta bancária, sem acesso a cartões. Brasileiros que usam apenas dinheiro. Isso ficou muito claro durante a ação governamental do pagamento de ajuda emergencial. Além disso, pessoas que não abrem mão de ver e pegar o produto para comprar. Pessoas que querem rodar várias lojas para fazer pesquisa”. 

Por fim, em se tratando de pandemia, ele reitera é que muitas pessoas não temem a doença suficientemente para manterem-se longe do comércio.

Em 2019, o crescimento foi de 18%, e chegou a 3,45 bi em faturamento. De acordo com o levantamento da ABComm as categorias mais procuradas para a data devem ser Beleza e Perfumaria (100%), Moda e acessórios (94%), Móveis (87%), Esporte e Lazer (73%), Eletroportáteis (73%), Brinquedos (68%), Telefonia (66%), Eletrodomésticos (57%), Eletrônicos (50%).

Outros números

O e-commerce ganhou 7,3 milhões de novos clientes e registrou aumento de 39% nos pedidos, comparado ao ano passado, segundo levantamento da Ebit/Nielsen. As buscas do Google, em diversas categorias do varejo, também apontam um crescimento que já supera a Black Friday anterior, indicando que esta edição será histórica em vendas online.

Preços baixos, frete grátis, entrega rápida, cupons de desconto, são alguns atrativos que despertam o interesse do público, além disso, uma pesquisa exclusiva do Pelando, plataforma que disponibiliza cupons para compras na internet e classifica as melhores promoções, reuniu a lista de desejos dos consumidores para a Black Friday 2020. O levantamento ouviu mais de três mil usuários da comunidade de compras em todo o Brasil, entre agosto e setembro, e apontou que 97% das pessoas se programam para comprar nesta Black Friday. 

Ranking dos desejos

Com 30% das respostas, os eletrônicos lideram a lista de desejos dos consumidores, inclusive, muitos estão dispostos a investir um pouco mais e levar para a casa dois produtos da mesma categoria. Celulares também estão no radar – smartphones da linha Galaxy (41%), iPhone (39%) e Xiaomi (20%) são os top 3 das compras. 

Lista 

Depois dos eletrônicos, a lista da Black Friday inclui: itens de informática, como: notebook, placa mãe, monitor, entre outros, com 26% de interesse; smartphones e celulares (15%); eletrodomésticos (10%); produtos de beleza, brinquedos, jogos, artigos esportivos e livros levam 2% da intenção de compra, seguidos por itens de moda e acessórios, utilidades domésticas e calçados, com 1% cada. 

Ticket Médio

A pesquisa identificou ainda que pessoas entre 17 a 34 anos com renda entre 1 a 3 salários mínimos são os consumidores mais assíduos da Black Friday. Os jovens  pretendem investir quatro vezes mais do que a média do consumidor brasileiro nesta edição, reservando um ticket médio de R$1.757, para o público masculino, enquanto as mulheres pretendem gastar até R$1.475. 

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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