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Setor mantém oferta de empregos

Ao contrário do cenário empregatício das indústrias do PIM (Polo Industrial de Manaus), que homologou 3.649 demissões no primeiro bimestre deste ano, o setor da construção civil continua com a oferta de empregos em alta. Na contramão da crise global, o setor aponta para bons negócios com o término das chuvas.
Pelos cálculos do Sintracomec (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Estado do Amazonas) são 30 mil trabalhadores em Manaus e 45 mil no Estado do Amazonas que estão atuando nas grandes obras a exemplo da ponte sobre o rio Negro e Shopping Manauara, que juntas estão gerando mais de 4.000 empregos diretos.
O presidente do Sintracomec, Roberto Andrade disse que a grande oferta de frentes de trabalho na capital amazonense resulta na falta de profissionais qualificados, a exemplo de carpinteiro de forma, pedreiro, fachadeiro, ferreiro armador e bombeiro hidráulico. “Profissionais com boa qualificação nessas áreas são bem-vindos, porque são poucos no mercado e grandes obras vão iniciar nos próximos meses na capital amazonense”, garantiu o dirigente.
Dentre as obras apontadas por Andrade, está o Shopping Ponta Negra, previsto para ser construído a partir de junho, pela Construtora Aliança. A projeção é gerar mais mil empregos diretos. Segundo o dirigente, somente construção do Conjunto Habitacional Elisa Miranda, localizado no Distrito Industrial, cuja responsável pela obra é a empresa Direcional, está empregando mais de mil homens trabalhando, e um outro empreendimento na Torquato Tapajós, também de grande porte, vai iniciar outra obra próximo a Barreira. “Todos esses empreendimentos geram uma gama de empregos em diversas categorias”, comentou.

Migração profissional

Ao analisar os números de janeiro do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apontando que o setor da construção civil admitiu 1.064 trabalhadores e desligou 1.584, o que representa um saldo negativo de 513 pessoas, ele disse que são demissões rotativas por conta do termino de obras, cujos trabalhadores logo são aproveitados em outras frentes que vão surgindo. “É um desemprego passageiro que logo é substituído por uma nova oferta de vagas”, assinalou.
Na opinião de Roberto Andrade, o setor da construção civil não foi muito afetado pela crise financeira global. Inicialmente, segundo ele, houve uma desaceleração porque os investidores recuaram na realização de alguns empreendimentos que estavam previstos no fim do ano passado. “Mas aos poucos, a situação está sendo normalizada e, até o meio do ano, alguns empreendimentos imobiliários devem ser lançados”, disse.

Segurança ocupacional

Uma das preocupações do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Estado do Amazonas sempre foi os acidentes de trabalhos que, quando não matavam, deixavam sequelas para o resto da vida. O setor aparecia nas estatísticas como o vilão de acidentes. Mas, felizmente, esse cenário está melhorando e, ultimamente, conforme Roberto Andrade, esses acidentes estão mais ‘controlados’, por conta de trabalhos preventivos realizados em parceria com a SRT (Superintendência Regional do Trabalho) e o próprio MPE (Ministério Público Estadual). “Esses órgãos têm nos ajudado bastante, na conscientização dos construtores, inclusive fiscalizando os canteiros de obras”, assinalou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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