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Setor de serviços cresce 8,5%

O faturamento do setor de serviços cresceu 8,5% em 2013, índice abaixo de 2012, quando a alta havia sido de 10%. Em dezembro, a alta de 8,4% mostrou leve desaceleração frente aos 8,8% de novembro. Os dados foram apresentados pelo IBGE.
O resultado positivo, porém, sofre influência da inflação, já que o IBGE divulga os dados do faturamento nominal do setor, sem desconsiderar o efeito dos preços.
O comportamento dos serviços, sem esse efeito, destoa de outros importantes setores, como a indústria e o comércio cuja produção e vendas subiram 1,2% e 4,3% em 2013, respectivamente.
Apesar do esfriamento do mercado de trabalho especialmente no segundo semestre de 2013, os serviços encontraram ainda espaço para avançar sem uma crise aguda que tenha afetado a ocupação e o rendimento.
Seu desempenho, porém, foi limitado pela inflação, que subiu 5,9% no ano passado.
Para 2014, a incógnita é como vai se comportar o mercado de trabalho diante de três anos seguidos de baixo crescimento do PIB.

Transportes

Setor de maior peso na economia, os serviços foram puxados em 2013 pelo bom desempenho dos transportes, que, sozinho, correspondeu a cerca de 40% do crescimento alcançado em 2013 -8,5%, índice inferior aos 10% de 2012.
Um dos pilares desse dinamismo do transporte foi o transporte aéreo, estimulado pelo maior acesso das classes mais baixas de renda a esse serviço e pelas promoções, segundo o IBGE. Ao todo, o segmento de transporte avançou 10,8%.
No entanto, 2013 foi um ano de dificuldade para as companhias aéreas por causa da alta do dólar e do combustível. O setor reduziu a quantidade de voos para se recuperar.
Dentre os vários ramos de serviços, outro destaque, em 2013, foram os prestados às famílias, como os de alojamento e alimentação. Nesse ramo, o faturamento subiu 10,2%, mas a atividade tem um peso menor do que os transportes na economia.
Os setor de serviços pesa cerca de 65% do PIB do país e ganha espaço a cada ano com a diversificação de atividades e a sofisticação do consumo -tendência já vista em países desenvolvidos, a medida que o rendimento cresce.
Pelos dados do IBGE, os serviços profissionais, administrativos e complementares cresceram 8,1% em 2013. Os serviços de informação e comunicação registraram alta de 6,9% e outros serviços apresentaram uma expansão de 5,9%.
Apesar de um crescimento abaixo da média, os serviços de comunicação corresponderam a 20% do crescimento do setor de serviços como um todo. O ramo tem como pano de fundo de seu dinamismo a inovação e o lançamento de novos serviços especialmente de informática e telecom.
Regionalmente, o destaque ficou com o Distrito Federal, um grande polo do setor de serviços no país por conta de sediar o governo federal e bancos públicos como Caixa e Banco do Brasil. Lá, houve expansão de 15,7% em 2013, a de maior peso no índice.
“O Distrito Federal tem um grande peso na estrutura do setor de serviços no Brasil”, disse Nilo Lopes de Macedo, técnico do IBGE.
Outros resultados expressivos foram registrados por Mato Grosso (20,4%), Ceará e Tocantins (ambas com 13%). Já menores taxas foram ficaram com Sergipe (3%), Piauí (3,4%) e Amapá (4,4%).

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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