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Seminovos encalham nas revendedoras

Com a prorrogação da isenção da alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os automóveis zero quilômetro 1.0 por mais três meses, após expiração da medida provisória no último dia 31 de março, revendedores de carros seminovos e usados têm registrado constante queda nas vendas de seus produtos. Alguns concessionários em Manaus já amargam uma retração de 50% ante o penúltimo trimestre de 2008, quando passou a vigorar a medida.
É o caso da Braga Veículos, revendedora de seminovos. De acordo com o gerente de vendas da loja, Leopoldo Braga, a venda destes automóveis caiu com a isenção do imposto, pois segundo ele, as pessoas têm preferência por adquirir um veículo 0KM, comercializados hoje a valores mais acessíveis em relação aos seminovos, em razão da isenção. Com a isenção, alguns veículos neste estado chegam a custar quase o mesmo valor que um zero quilômetro.
Segundo ele, só vai sobreviver no mercado as empresas que podem praticar preços mais reduzidos, pois automóveis que, antes da isenção, custavam R$ 25 mil, hoje estão sendo vendidos a R$ 18 mil, por exemplo. No último trimestre de 2008, a concessionária vendia uma média de 100 automóveis/mês. No primeiro trimestre deste ano, a média de venda ficou entre 50 automóveis comercializados.
Tentando driblar a situação, a empresa ainda não começou a demitir pessoal, mas houve um enxugamento nas despesas, para conter ao máximo os gastos. Braga afirmou que os carros estão sendo vendidos ao preço de custo, sem garantia. “O preço que [o veículo] entra aqui é o mesmo que está saindo”, disse. As formas de pagamento apresentam algumas facilidades, visando atrair o cliente. O já conhecido “zero de entrada mais parcelamento em até 60 vezes”, com juros no mercado de 1,65%.
Mas, felizmente, essa reta descendentes nas operações comerciais não chegou a todas as lojas. Na Logos Corretora de Veículos, responsável por agregar veículos seminovos e usados, as vendas não apresentaram uma queda brusca. Segundo a gerente da empresa, Joelma Menezes, o número de veículos vendidos no pátio da loja tem mantido uma constância entre os períodos pré e pós-isenção de impostos. Segundo ela, o grande vilão da ‘quebra no fluxo de vendas’ tem sido o grande número de feriados, que faz com que os possíveis clientes se ausentem da cidade.
Mas, na visão da gerente, o porte da empresa e a tradição na revenda tem contado positivamente para que não haja queda. Os empresários de pequeno porte, segundo ela, têm sentido mais de perto os reflexos da redução do imposto. “Muitos lojistas menores estão procurando a nossa empresa para colocar os seus carros para revender”, afirmou.Mensalmente, cerca de 1.300 pessoas circulam pelo pátio da logo, onde desse quantitativo, cerca de 150 fecham o contrato de aquisição, cerca de 10% dos visitantes.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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