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Semana Santa aquece vendas com consumidores buscando pescado para refeição no feriado

Faltando poucos dias para a Páscoa, a venda de peixes para a Semana Santa está movimentando as feiras e mercados da capital. Mesmo com menos peixes disponíveis devido à seca intensa sofrida pelo Estado, a oferta do produto está assegurada no mercado local, conforme declarado por Davi Lima, presidente da Comissão Gestora da Feira Manaus Moderna e do Sindicato dos Feirantes de Manaus.

“A procura será a mesma e os feirantes terão uma margem melhor de lucros. Não vai impactar o setor, pois teremos bastante peixes de viveiros e de frigorífico. Entre os mais procurados como o tambaqui, matrinxã e pirarucu, sardinha, pacu e jaraqui”. 

Durante o período de quaresma, as feiras da capital apresentam grande demanda dos consumidores que se preparam para o tradicional almoço da sexta-feira Santa. A procura por peixe, alimento tradicional neste período, tem movimentado esses locais. 

“As nossas expectativas são boas para as vendas. Nós sabemos que vai ser uma Semana Santa com pouco peixe. Porém, os feirantes sempre arrumam um jeito de trabalhar e de comprar. Nos frigoríficos, nos açudes. E acho que a Semana Santa será muito boa esse ano. Pela quantidade de peixe que não vai ser muito grande. Então, o feirante vai se abastecer. E, se Deus quiser, farão suas vendas muito boas”, afirmou Davi Lima, presidente da associação que representa os trabalhadores da feira da Manaus Moderna. 

A tendência como todos os anos é que a procura maior aconteça na quinta e sexta-feira. “Mas a nossa expectativa como sempre é de que a população venha fazer duas compras nas feiras e que possamos comercializar muitos pescados”. 

De acordo com a fiscalização da Semacc (Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal), que diariamente está nos locais, o movimento segue dentro do previsto, com produção e fornecimento bastante procurados. “O tambaqui; como sempre é o pescado que tem uma grande procura, mas a população tem comprado todos os tipos de pescado”, disse Roberto Bezerra, diretor de feiras e mercados.

A Semacc por meio da comissão gestora de feiras e mercados trabalha na higienização desses locais, e está aplicando cursos  aos permissionários que trabalham com pescado para que usem técnicas de manuseio de forma correta e atendimento de qualidade. “As três feiras abastecedoras: Feira da Panair, Feira da Manaus Moderna, Feira do produtor vão estar com abastecimento de pescados em dia para fornecer regularmente o comércio local, e a população no geral”, garantiu Bezerra.

Boas expectativas

Os comerciantes que trabalham na feira da Manaus Moderna estão otimistas em relação às vendas deste ano, acreditando que estas podem superar o desempenho do mesmo período do ano anterior. Isso se deve ao fato de que muitos clientes têm adquirido produtos desde o início da quaresma. “Estamos notando um aumento significativo no movimento. Muitos clientes estão comprando e comparando preços. No entanto, tradicionalmente, o período de maior movimentação é durante a Semana Santa e na véspera da Sexta-Feira da Paixão”, afirmou o feirante Francisco Chagas.

O vendedor da feira Ediney Queiroz enfatizou que, em razão dos efeitos significativos da seca seguida das fortes chuvas, muitos rios ainda estão secos ou transbordando, o que tem afetado a disponibilidade de peixes. Ele alertou que, devido à escassez e à alta demanda, existe o risco de a Semana Santa deste ano ser mais cara, com o pescado mais caro. “Estamos aguardando uma melhora, pois próximo à data é possível que os preços diminuam”, explicou.

“É como eu digo, ou pode ficar mais caro ou pode normalizar também. Porque ainda estamos a pouco mais de uma semana da sexta-feira da Paixão. Mas o tambaqui, que era para ficar a um preço normal, está mais caro. Acredito que os clientes devem esperar mais um pouco, talvez fique mais barato. Mas, enquanto isso, é como esperando uma crise de pescado”, frisou.

Para não pesar no bolso, uma alternativa que os clientes estão buscando é a banda do tambaqui. “Muitos estão comprando a banda sem espinha que tem um valor mais acessível e com a mesma qualidade e ainda tem a oportunidade de negociar desconto. Nós estamos com bandas de tambaqui entre R$ 30 a R$ 50”, informou o feirante Sidney Batista. 

Valores

Na Semana Santa sempre tem um acréscimo. Por exemplo, o jaraqui  que custava R$ 20 reais  durante o período chega a R$ 40. A estimativa para o valor do tambaqui,  é de R$ 25 a R$ 30 o quilo. Os preços variam de acordo com o tamanho chegando a R$ 250.   Já o pirarucu, R$35 a R$ 40 reais o quilo, a sardinha  entre R$ 30 a R$ 40. 

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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