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Salões de beleza e de estética têm alta de 30%

Salões de beleza e de estética têm alta de 30%

O segmento de barbearia, salões, estética e de beleza em Manaus teve um aumento de pelo menos 30% na demanda por serviços a partir da reabertura das atividades em 29 de junho. Esse incremento não anima grande parte da categoria, mas já é motivo de comemoração para muitos profissionais que sentiram de perto as dificuldades geradas pela paralisação dos trabalhos durante a fase mais severa e aguda da pandemia do novo coronavírus no Amazonas.

Durante três meses, muitos chegaram a passar fome e tiveram que contar com a ajuda de outros colegas para suprir as necessidades básicas. Promovidos pelos sindicatos patronal e de trabalhadores, bingos e coletas de alimentos foram realizadas para ajudar os mais necessitados. 

Agora, felizmente, a situação se inverteu. “Ainda é lento, mas animador. Começamos a ter mais fluxo de caixa, o que nos dá melhores condições financeiras para a expansão dos negócios, oferecendo novas oportunidades de emprego e renda à categoria”, avalia Antônia Moura, que preside o Sisbisim (Sindicato dos Salões, Barbeiros, Cabeleireiros, Instituto de Beleza e Similares de Manaus). “Retomamos o otimismo aos poucos”, acrescenta a sindicalista.

O setor emprega muita gente no Amazonas. Em todo o Estado, são pelo menos 6,3 mil salões em operação. Contando que cada salão tem, em média, três profissionais, estima-se que 18,9 mil pessoas dependem diretamente desse mercado de beleza, que movimenta aproximadamente R$ 10 milhões ao ano (números não oficiais).     

Agora, a reabertura das atividades no setor vem acompanhada de regras rígidas, duras, contidas no decreto governamental. Salões grandes e pequenos só podem trabalhar através de rodízios, escalas e agendamento de clientes. E munidos ainda dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), que também impactam nas contas das empresas de beleza. 

Cada estabelecimento deve ter, no máximo, três profissionais atuando ao mesmo tempo. Uma forma de evitar aglomerações. Mas essas exigências seguem as dimensões e características de cada empresa –  em termos de tamanho e espaço reservado às áreas de serviços.

Além de máscara, uso de álcool em gel e luvas, cada profissional deve trabalhar com escudo facial, que em tese protege mais contra possíveis gotículas no ar contendo o novo coronavírus. São os famosos ‘aerossóis’, capazes de propagar o vírus, segundo admite a própria OMS (Organização Mundial de Saúde).  

A máscara de acrílico só é exigida para barbeiros, cabeleireiros, esteticistas de sobrancelhas e cílios. Manicures estão isentas do escudo, mas operam com outros tipos de EPIs.

E só entra nos salões quem estiver com máscara, que pode ser ofertada pelos proprietários às pessoas que chegam sem o utensílio de proteção.  “Está correto. É bom para nós e também para os clientes, que ficamos mais protegidos. Afinal, quem quer morrer?”, afirma Sebastião Deive Couto Braga, que é presidente do Sinetheam (Sindicato dos Empregados em Turismo e Hospitalidade do Estado do Amazonas), que coordena as atividades dos trabalhadores de salões.

Segundo Couto Braga, as perspectivas são boas com a retomadas das atividades em Manaus. Ele avalia que as pessoas investem muito hoje na aparência, principalmente as mulheres. E muitas, antes da pandemia, chegavam a gastar mais de R$ 1 mil para retocar o visual, salienta o sindicalista.

“Depois da Covid-19, o que a mulher mais se preocupa é com os cabelos, a maquiagem, a aparência”, diz Couto, numa referência ao fato de que nem o novo coronavírus é capaz de intimidar as mulheres em busca dos  serviços de beleza.  “De nossa parte, claro, estamos tomando todas as medidas de segurança necessários para todos todos – profissionais e clientes. Nosso objetivo é trabalhar munidos de EPIs para prevenção à Covid-19”, ressalta Deive Couto.

De acordo com o sindicalista, o segmento movimenta hoje muito dinheiro em Manaus e no Amazonas como um todo. “Os governos deveriam se preocupar mais com a beleza e a estética, afinal, é um setor que contribui muito para as atividades econômicas”, afirma.   

Marcelo Peres

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