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Produção industrial brasileira aumenta 1,9% em fevereiro

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A produção industrial brasileira cresceu 1,9% em fevereiro ante janeiro, já descontadas as influências sazonais, segundo os dados divulgados na sexta-feira, 1º, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em janeiro, o setor havia registrado alta de 0,2%.
A expansão em fevereiro é a maior desde março de 2010 (3,5%), quando a indústria ainda era incentivada por medidas de fomento, como a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
O resultado interrompe uma trajetória de estagnação da indústria, que, desde agosto do ano passado, oscilava nos indicadores mensais entre pequenas variações positivas e quedas sem muita expressão.
Já no confronto com igual mês do ano anterior, houve acréscimo de 6,9%. Com isso, o índice acumulado nos últimos 12 meses ficou em 8,6%.

Alimentos e veículos

A produção da indústria cresceu de janeiro para fevereiro em 17 dos 27 ramos industriais pesquisados. Os principais destaques positivos ficaram com alimentos (+6,7%), veículos (+4,7%) e produtos de metal (+7%). Outras elevações expressivas foram registradas em metalurgia básica (+3,3%) e bebidas (+2,8%), também na comparação entre fevereiro e janeiro.
Por outro lado, o IBGE também apurou quedas no nível de atividade no período. Entre os destaques negativos estão os recuos em produtos químicos (-3,7%) e a rubrica de material eletrônico e equipamentos de comunicações (-5,7%), além de edição e impressão (-4%).
Por categorias de uso, os bens intermediários lideraram, com alta de 1,3% de janeiro para fevereiro, seguido por bens de capital (0,9%). Na outra ponta, registraram retração os bens duráveis (-2,3%) e semi e não-duráveis (-0,2%).

Calendário fez a diferença, dizem economistas

Análises dos economistas do mercado financeiro mostram que o efeito calendário foi um fator determinante para o resultado forte e surpreendente da produção industrial, mensurado pelo IBGE.
De acordo com os analistas do mercado, o fato de o Carnaval ter sido comemorado em março em 2011 resultou em um maior número de dias úteis em fevereiro.
Os especialistas ressaltaram, entretanto, que, apesar deste fator, o comportamento da indústria foi de recuperação em relação aos meses anteriores.
Para a equipe da MCM Consultores, a expansão da indústria em fevereiro trouxe diferenças em relação ao comportamento que estava sendo verificado no setor e provocou a alteração nas projeções da instituição para a produção em 2011. Segundo os economistas, o resultado de fevereiro “parece robusto”, mesmo considerando as dificuldades de análise oriundas do efeito calendário.

Fim da letargia

“Nossos exercícios mostram que o dado de fevereiro rompeu a letargia da produção e melhorou a perspectiva de crescimento da produção industrial em 2011”, escreveram os analistas da MCM, que preveem crescimento de 4% para o setor, neste ano.
Para o economista-chefe da Prosper Corretora, Eduardo Velho, somente nas pesquisas que o IBGE divulgará nos meses de março e abril poderá ser feita uma comparação mais detalhada para se chegar a um cenário mais claro sobre o comportamento do setor.
“Considerando a média móvel trimestral dessazonalizada para excluir a volatilidade do indicador mensal, a produção cresceu 0,5% em fevereiro”, avaliou. Para o economista, o efeito calendário deve ter levado a movimento de antecipação da produção.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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