A produção dos fabricantes de motocicletas do PIM acelerou em maio, quando chegou a 100.997 unidades. O volume ficou 3,9% acima do registrado pelas montadoras no mesmo mês de 2018 (97.203) e 10,7% superior ao apresentado em abril de 2019 (91.220).
No acumulado do ano, as linhas de produção entregaram 468.962 unidades, 5,3% a mais do que no mesmo período de 2018 (445.212 motocicletas). Os dados são da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares).
O desempenho positivo da produção seguiu em sintonia com as vendas para as concessionárias. No atacado, houve incremento de 8,8% ante o mesmo mês de 2018, de 87.939 para 95.695 motocicletas. Em relação aos números de abril de 2019 (90.267), a alta foi de 6%. Em cinco meses, foram comercializadas 456.603 unidades, 14% a mais do que no mesmo período de 2018 (400.485).
“O aumento de produção é um reflexo direto da retomada dos negócios no varejo, estimulados pela maior concessão de crédito, pois os agentes financeiros estão mais seguros para oferecer linhas de financiamento para o consumidor”, declarou o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, no texto distribuído à imprensa.
A entidade manteve suas projeções para 2019, reajustadas anteriormente em março. A expectativa é que a produção dos fabricantes do PIM atinja 1.100.000 unidades até dezembro, elevação de 6,1% ante o resultado de 2018 (1.036.846).
De acordo com o dirigente, os financiamentos por CDC (Crédito Direto ao Consumidor) e consórcios representam cerca de 70% das vendas de motocicletas no mercado nacional e os efeitos são visíveis no varejo.
Levantamento do Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores) aponta que o número de emplacamentos de maio (97.989) subiu 20,6% ante o mesmo mês de 2018 (81.238) e 4,9% na comparação com abril deste ano (93.370). No acumulado o total (450.011) foi 17,6% superior ao do mesmo período de 2018 (382.660).
O volume comercializado por dia útil em maio representa o melhor resultado desde junho de 2015 (4.815 unidades/dia). A média diária foi de 4.454 motos, em 22 dias úteis, 12,2% superior ao do mesmo mês de 2018 (3.968) e 0,2% a mais do que em abril de 2019 (4.446). Em ambos os casos, houve um dia útil a menos na base de comparação.
“Depois da crise iniciada em 2011 e de um 2018 fraco, tivemos uma retomada, principalmente no segmento de scooters. O cliente preferencial é o que vive em grandes cidades, mas as vendas para o Norte e Nordeste também foram maiores. A tendência é de alta para fabricantes, com bons reflexos para componentistas”, asseverou o presidente da Aficam (Associação das Indústrias e Empresas de Serviços do Polo Industrial do Amazonas), Mario Okubo.
Exportações em baixa
Em contraste, as exportações (3.232 unidades) seguiram em queda e ficaram 51,3% abaixo do ano passado (6.634), embora tenham acelerado 10,5% em relação a abril (2.924). Dados do portal de estatísticas de comércio exterior Comex Stat analisados pela Abraciclo, apontam que a Argentina foi o principal destino (3.136 unidades), seguido pela Colômbia (1.296 unidades) e EUA (9%).
De janeiro a maio foram exportadas 17.538 motocicletas, volume 52,1% inferior ao registrado em igual intervalo de 2018 (36.626). As vendas se concentraram na Argentina (8.786), EUA (3.033) e Colômbia (2.345).
O gerente executivo do CIN (Centro Internacional de Negócios) da Fieam, Marcelo Lima diz que o Amazonas está fortalecendo o comércio exterior com os países vizinhos e as perspectivas são de alta, a partir da diversificação de destinos, da reaproximação do Brasil com a Argentina, e da sinalização de acordo entre Mercosul e União Europeia.
