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Produção de motocicletas cresce em setembro

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O setor de duas rodas registrou a fabricação de 80.690 unidades de motocicletas no mês de setembro e projeta crescimento na produção para o próximo. Os números representam um crescimento de 5,12% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizadas 76.668. Para representantes do setor, a meta é planejar desenvolvimento e crescimento para o segmento, independente dos planos econômicos do próximo governo.

Segundo o presidente da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), Marcos Fermanian, mesmo com 50% da capacidade produtiva ociosa no PIM (Polo Industrial de Manaus), a meta é planejar 2019 o crescimento do setor de forma estratégica.

“A expectativa de produção para o resto do ano e para 2019 é positiva. Principalmente com os resultados que temos obtido ao longo de 2018. Temos 50% da capacidade produtiva ociosa em Manaus e esperamos que a situação econômica no país melhore. Mas, independente de quem assuma o país e qual seja o plano econômico, temos que ter planos de crescimento e desenvolvimento”, disse.

De acordo com a Abraciclo, em comparação com agosto que teve a fabricação de 105.340 unidades, houve uma redução de 23,4%, que é atribuído, em parte, ao fato de setembro ter contado com 19 dias úteis de comercialização, ante 23 dias do mês anterior. Para o economista Ailson Rezende, a influência da variação cambial com a elevação do dólar causado pela indefinição política, foi outro fator que influenciou para a baixa produção.

“Apesar de termos vários componentistas na zona franca de Manaus, não quer dizer que a cotação cambial não afete a produção. Por exemplo, a Honda consegue 95% das peças dentro do país, mas seus componentistas importam de forma indireta e isso encarece o produto final e diminui a produção”, explicou.

Já de janeiro a setembro deste ano, as fabricantes de motocicletas produziram 777.091 unidades, volume 19,2% superior ao mesmo período de 2017, quando saíram das linhas de produção 652.092 unidades. Em julho, a Abraciclo havia revisado para cima a projeção de produção, passando de 935 mil para 980 mil unidades, o que significa um crescimento de 11% em 2018, na comparação com o ano passado.

“Enxergamos os resultados registrados até o momento com entusiasmo, porque isto significa que a nossa expectativa de crescimento no volume de produção será alcançada”, disse Fermanian, presidente da Abraciclo.

Segundo Fermanian, fatores como a redução do índice de inadimplência, maior oferta de crédito pelas instituições financeiras, expansão de negócios de consórcio e o crescimento da confiança do consumidor alimentam o aumento da demanda e isso reflete no volume de produção das fabricantes de motocicletas.

Para Ailson Rezende, a liberação da cota do PIS/Pasep, o pagamento da primeira metade do décimo foram outros fatores que contribuíram para para entrar dinheiro da economia e aumentar a venda no atacado. “A a motocicleta é um bem durável e com isso é mais caro e as pessoas precisam de financiamento. Com a entrada desses recursos muitas pessoas pagaram suas conta e saíram da inadiplencia e puderam realizar compras. É um dinheiro que movimenta a economia”, frisou.

Vendas no atacado

Na análise de vendas do atacado – das fabricantes para concessionárias – foi verificado um crescimento de 20,9% em setembro (76.669 unidades), em comparação com o mesmo mês de 2017 (63.428 unidades), e uma queda de 19,3% sobre agosto, cujo volume foi de 94.987 motocicletas. No acumulado dos nove meses foram vendidas 711.747 motocicletas para as lojas, o que significa um avanço de 18% sobre o mesmo período do ano passado, que havia totalizado 603.350 unidades.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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