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Produção avança, mas está longe do patamar pré-crise

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A produção de motocicletas cresceu 25,89% no comparativo do primeiro quadrimestre, passando de 439.390 (2009) para 553.155 unidades (2010). Os números da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), no entanto, indicam que as fábricas do PIM (Polo Industrial de Manaus) ainda estão 24,33% abaixo do registrado no mesmo intervalo de 2008 (731.017 motos), meses antes dos efeitos da crise econômica global chegar ao solo nacional.
Os dados da Abraciclo apresentam retração de aproximadamente 0,36% em comparação ao mês de março. No mês de abril, foram fabricadas mais de 150 mil unidades. Na comercialização com o mercado externo, o período registrou queda, tendo exportado em torno de 5.300 unidades.
A produção da Moto Honda, conforme os números da entidade, registra um total acima de 110 mil no mês de abril, sendo a líder de mercado, seguida pela Yamaha com dados que chegam a ultrapassar a marca dos 17 mil.
No que diz respeito a vendas, a Moto Honda também supera as expectativas ficando com um total de 120 mil unidades vendidas. A Yamaha totalizou cerca 19 mil motocicletas vendidas.
A Moto Honda da Amazônia registrou um crescimento em torno de 30% na produção de motocicletas no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado. Esse número é atribuído à atuação de seus colaboradores e ao aquecimento do polo de duas rodas. São fabricadas aproximadamente 6.000 motocicletas diariamente.
Ainda nesse período, a fábrica não contratou funcionários, pois não houve demissões no período da crise econômica mundial. “Na época da instabilidade financeira, não demitimos ninguém. Durante todo o período da crise, tivemos o apoio dos governos federal e estadual com a ajuda em alguns incentivos e mais a nossa garantia de não demitirmos nenhum de nossos 10 mil colaboradores”, enfatizou o gerente institucional da Moto Honda da Amazônia, Mário Okubo. Os números de incentivos não foram revelados.
O gerente informou ainda que a fábrica, por ter um bom quadro funcional, tem plenas condições de trabalhar acima das médias estipuladas pelo mercado, com seus colaboradores trabalhando em hora extra ou até mesmo em períodos de atividades normais.
Dentro das necessidades de cada setor, a empresa está realizando algumas contratações, entretanto, esse fato não acontece em larga escala. “As contratações ocorrem apenas para suprir as necessidades de alguns setores, pois mantivemos nosso quadro mesmo diante da crise”, ressaltou.

Demora na liberação

A fábrica também está enfrentando dificuldades por conta da demora na liberação das mercadorias no Teca (Terminal de Cargas) da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária). A empresa está montando algumas estratégias, inclusive fazendo apelos aos respectivos órgãos públicos para solucionarem o problema o mais breve possível, através das entidades, para que o desempenho das indústrias e seus fornecedores não seja prejudicado. “Tudo está em uma cadeia produtiva, já que trabalhamos com fornecedores de praticamente todos os componentes necessários da fabricação ao transporte”, comentou.
No início de abril, a fábrica teve suas atividades interrompidas por conta da greve dos funcionários. Eles reivindicavam a falta do pagamento de abono salarial, entre outras questões envolvendo os direitos trabalhistas. “Esse pagamento já foi efetuado na semana passada e cada funcionário recebeu a porcentagem equivalente ao seu desempenho pessoal. A porcentagem máxima é de 110% e a mínima é de 65%”, salientou Okubo.
Há mais de dez anos, a Moto Honda da Amazônia, líder do mercado de duas rodas, instituiu o pagamento que funciona como uma premiação mediante o lucro a avaliação individual de cada colaborador.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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