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Polo eletroeletrônico vai investir R$ 5,3 bi em 2010

Contagiada pelo bom humor do mercado que alavancou o consumo de TVs com tela de LCD (display de cristal líquido) e celulares, a indústria eletroeletrônica faz projeção otimista para o próximo ano. Em se mantendo a tendência de crescimento no consumo, o setor espera investimentos de US$ 5.3 bilhões no Amazonas ao longo do ano, destinados principalmente para a modernização das linhas de produção. Esse montante significará 40% do faturamento previsto para o setor em 2010.
Além disso, a proximidade com a Copa do Mundo faz a indústria prever crescimento de 10% nos atuais níveis de produção de telefones celulares e monitores de LCD/plasma, o que vai assegurar um volume 7% a 8% maior sobre o atual número de trabalhadores efetivos nas fábricas do Distrito Industrial.
Os números foram divulgados simultaneamente pelo presidente da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), Humberto Barbato, e pelo presidente do Sinaees (Sindicato da Indústria de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de Manaus), Wilson Périco, no início desta semana.
Para o faturamento deste ano, Périco estima um empate técnico com o volume obtido em 2007, ou seja, de US$ 11.94 bilhões. Embora tenha evitado fazer comentários sobre o volume de perdas de mão de obra neste ano, o executivo asseverou que existem condições favoráveis para o setor retomar os níveis percentuais de crescimento até 2011. “Se tudo correr como o previsto, a indústria de eletroeletrônicos será uma das que mais vão contratar em 2010, por conta da demanda do mercado interno para TVs e celulares”, considerou.
Dados da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) revelam que até outubro o setor faturou US$ 8.94 bilhões. Em igual momento de 2008, conforme o mesmo levantamento, esse volume foi 22,17% maior (US$ 11.49 bilhões).
Com relação à produção das TVs de LCD no mesmo período avaliado, os números da Suframa apontam salto de 2,21 milhões de aparelhos em 2008 para os atuais 2,72 milhões de TVs. Isto significa em um promissor crescimento de 23,10% sobre o parcial produzido no ano passado.
O presidente da Abinee, Humberto Barbato, ao assegurar que os investimentos nas fábricas não passaram dos US$ 3.8 bilhões este ano, afirmou que a maior preocupação, neste momento é com a crescente importação de produto acabado. “Temos que blindar a indústria nacional para mantermos os empregos”, sentenciou.
Sobre a polêmica em torno das importações no PIM (Polo Industrial de Manaus), Barbato garante que não adota um discurso radical. “Sou totalmente favorável à importação de produto acabado se ele, hoje, sai mais barato do que o produzido no país. A indústria que faz isso o faz para manter a rentabilidade e o share. É do jogo. É da vida. Mas cabe a mim como presidente de uma entidade alertar para o perigo desse jogo. Desnacionalizar a indústria porque não há competitividade interna não é a saída para nada. Empregos serão perdidos se essa tendência for mantida”, alertou.
O discurso em torno do tema ainda é controverso, mas Périco acrescentou as palavras de Barbato que há no país uma invasão de produtos importados, que já foram produzidos internamente e poderiam voltar a ser. “O Poder Público tem de buscar formas de tornar a indústria nacional mais competitiva, reduzindo carga tributária sobre atividade industrial e elevando alíquotas de IPI [Imposto sobre Produtos Industrialzados] dos artigos importados”, finalizou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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