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PMEs devem apostar em customização

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Conceito de exclusividade e curadoria são ferramentas eficazes para as empresas de menor porte

Com participação superior a 99% no comércio eletrônico brasileiro, as operações de PMEs (pequeno e médio porte) têm como maior desafio fazer frente às gigantes do setor como B2W, Cnova, Dafiti, Netshoes, entre tantas outras. Uma das medidas a serem adotadas seria trabalhar com produtos customizados e investir em poucas categorias, tornando as operações reconhecidas pelo diferencial.
“Um pequeno ou médio empresário de e-commerce não consegue competir no setor de eletrodomésticos, por exemplo, dominado por players como Magazine Luiza e Lojas Americanas”, explicou o consultor de marketing no varejo do Sebrae de São Paulo (SP), Gustavo Carrer.
O especialista afirmou também que hoje, mundialmente falando, a tendência está em cinco pontos distintos: modelo de assinatura; curadoria; customização; marketing multicanal (cross-channel) e omnichannel. “Essas são as medidas que estão em alta no momento, mas não é possível dizer que será assim sempre. Os modelos vencedores de e-commerce são efêmeros”, argumentou ele.

Case de sucesso
Um exemplo de empreendedorismo que deu certo e tem crescido no Brasil é o do modelo de assinatura. “Nos Estados Unidos temos o case da Dollar Shave Club, que vende barbeadores online. Como o produto é comercializado em larga escala em supermercados e afins, o fundador da marca passou a criar itens customizados, trazendo o diferencial ao artigo”, ressaltou consultor de marketing.
No Brasil, aos poucos o conceito de customização de produtos aliado à curadoria tem ganhado novos adeptos. “Vendemos computadores de alta performance para gamers e profissionais que precisam de máquinas mais robustas”, afirmou o fundador da marca Alpha Premiere Computers, Umberto Botti. A iniciativa do empresário vai de acordo com a pesquisa feita pela BigData Corp. e encomendada pelo PayPal, especializada em soluções de pagamento eletrônico. O estudo apontou que no mercado online brasileiro, 80% das varejistas vendem de um a dez produtos. “Geralmente são artigos feitos pelos próprios criadores dos sites e até artesanato”, explicou o CEO da BigData,Thoran Rodrigues.
Segundo o executivo, as empresas têm comportamento de nicho, escolhendo uma categoria em detrimento de outras. Contudo, Rodrigues enfatiza: “Quanto mais foco ele tiver, melhor será o faturamento”.
Hoje, apenas 1% das lojas virtuais está nas mãos das grandes redes de varejo. Já 99% das marcas nascem virtuais por conta dos custos que são menores. “A maioria descobriu que existem plataformas sem custo de contratação e começou a vender pela internet devido ao baixo investimento”, disse Rodrigues.
Integração de canais
A pesquisa da BigData apontou ainda que apenas 15% das pequenas e médias empresas que têm loja virtual contam com operação física. “Ainda existe o conceito de que abrir loja virtual é tirar clientes da loja física”, falou o consultor do Sebrae-SP, Gustavo Carrer. O especialista fez questão de ressaltar a importância da junção entre os canais. “No exterior isso é muito claro. O cliente compra online e retira na loja ou em pontos de coleta da marca. Aqui no Brasil o caso mais recente é o do Pão de Açúcar que criou um drive-thru”, explicou ele. Uma das formas de ser visível ao consumidor é estar atento às ferramentas digitais. Twitter, Facebook, Instagram e blogs estão entre as ferramentas. “Estamos ativos em todas as redes sociais. No Instagram, por exemplo, temos muitas seguidoras e isso ajuda a desenvolver a marca. Temos um blog para manter engajamento com o consumidor”, afirmou a sócia fundadora da Bag Me -aluguel e venda de bolsas de luxo -, Elisa Melecchi.
“Hoje, 72% dos sites brasileiros são blogs”, completou o CEO da BigData. Em consenso, tanto Carrer quanto Rodrigues enfatizaram a importância dos blogs como geradores de negócios. “Se eles tivessem um botão de comprar, aí seria perfeito”, brincou Carrer, ao explicar que eles são bons para ampliar a experiência de compra on-line que é “chata”. Outro ponto ressaltado pelos dois especialistas em varejo está na criatividade das empresas ao vender pela internet. “Muitos ainda usam o sistema de venda tradicional: esperar o depósito bancário e o comprovante para depois mandar a mercadoria. Mesmo hoje, com as inúmeras plataformas de pagamento”, falou Carrer.

Plataformas de pagamento
É justamente nesse nicho que o PayPal tem aumentado esforços. “Procuramos parceiros para crescer junto”, afirmou a head da área de pequenas e médias empresas e de organizações não governamentais do PayPal Brasil, Gabriela Szprinc. Recentemente, o player lançou uma ferramenta de auxílio a marcas brasileiras de e-commerce que querem exportar, o PassPort. “Garantimos a segurança de toda a transação financeira”, explicou Gabriela.
Segundo o especialista do Sebrae-SP, passar credibilidade é importante para os pequenos e médios.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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